TURISMO

Conheça Areia, o novo point paraibano

Cidade do brejo oferece temperatura amena, cultura, fartura gastronômica e Rota das Flores

Claudio Oliva
24/02/2024 às 11:00.
Atualizado em 24/02/2024 às 12:27
 (Gilberto Batista/divulgação/Assimptur)

(Gilberto Batista/divulgação/Assimptur)

Distante 127 km de João Pessoa, a capital da Paraíba, localiza-se um município que vem chamando a atenção de visitantes. Trata-se de Areia, cidade situada no brejo paraibano e que conta com diversos atrativos. Tem casario colonial preservado, temperaturas amenas que podem chegar a 12ºC no inverno, igrejas seculares, teatro histórico, ruas de paralelepípedo que guardam joias da arquitetura colonial, engenhos da época do Ciclo do Açúcar e, mais recentemente, a nova Rota das Flores, que promete incrementar ainda mais o turismo na região.

Nessa bela cidade paraibana o turista pode vivenciar experiências novas sem ficar preso definitivamente ao conceito sol e mar, muito comum na região Nordeste. 
Além de aproveitar um clima serrano, com temperaturas agradáveis quase o ano todo, o visitante pode realizar passeios a engenhos, idas a museus, se embrenhar em uma autêntica expedição gastronômica ou ainda conhecer dezenas de produtores que cultivam flores de todas as formas e cores.

Areia oferta restaurantes rurais de beira de estrada e outros mais sofisticados. A área central do município tem ruas de paralelepípedo e casinhas coloridas bem preservadas. O conjunto histórico e urbanístico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2006. A essência dos séculos 18 e 19 dá ao destino um charme todo especial. Nos casarões é comum os moradores deixarem um vaso de flores apoiado na janela, ampliando ainda mais o clima de cidade serrana.

O CAMINHO
Para chegar ao município é preciso subir a Serra da Borborema. No verão, a brisa ajuda a enfrentar as temperaturas altas e no inverno os visitantes podem usar blusas de meia estação, botas e casaquinhos para experimentar o ar geladinho e bastante refrescante que sopra nessa região. A serra da Borborema cerca boa parte do Brejo Paraibano. Eis a explicação para temperaturas amenas, onde nos meses de inverno é corriqueiro registrar 12ºC.

TERRA DE ALAMBIQUES E FLORES 

por ter feito parte do Ciclo do Açúcar no século 18, Areia é cercada por engenhos. À época, a maioria das mais de 250 propriedades ativas se dedicava à produção de açúcar e melaço. Atualmente, pouco menos de duas dezenas resistiram à passagem do tempo e sobrevivem da cachaça. Entre elas, o Engenho Triunfo é responsável pela produção do rótulo mais famoso da Paraíba, encontrado com facilidade em bares e restaurantes.

O engenho é aberto à visitação do público. O passeio guiado custa R$ 30 e inclui passagem pelos galpões de moagem, fermentação e destilagem, além de degustação. É um roteiro que resgata o passado e ainda preserva o futuro da bebida que deu a Areia o título de Capital Nordestina da Cachaça.

Há outras propriedades que recebem visitas, como o Engenho Ipueira, considerado também um ícone local. Inaugurado em 1936 por Donato Feitosa, o lugar iniciou à época a produção de açúcar mascavo e cachaça. O maquinário desse engenho é uma relíquia inglesa e a área tem nada menos de 400 hectares, dos quais 42 são destinados à criação de gado nelore. Atualmente produz também mel de excelente qualidade. Assim como no Engenho Triunfo, os proprietários contam, em detalhes, como a cachaça é produzida e resgatam histórias do passado. No Engenho Ipueira vale também visitar a produção de hortaliças orgânicas.

(*) Da Assimptur, parceira do Hoje em Dia

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