(Myke Sena/ MS)
Secretarias de Saúde não devem exigir receita médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos. A informação consta de uma "carta de Natal" divulgada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nesta sexta-feira (24).
A decisão do Conass chega após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ter afirmado na noite dessa quinta (23), que a pasta autorizará a imunização de menores de 12 anos desde que seja apresentada prescrição médica e um "termo de consentimento livre esclarecido".
"O documento que vai ao ar recomenda a vacina da Pfizer. Nossa recomendação é que não seja aplicado de forma compulsória. Essa vacina estará vinculada a prescrição médica, e a recomendação obedece às orientações da Anvisa", disse Queiroga.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, em 16 de dezembro, o uso do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos no Brasil.
Recado em forma de carta
O conselho que reúne os secretários de Estado de Saúde de todo o país usou uma forma lúdica para tratar o tema da vacinação de crianças.
Em carta de Natal dirigida aos pequenos, o Conass fala sobre os problemas causados pelo coronavírus neste ano e que as melhoras só são possíveis graças aos imunizantes.
"O ano foi passando, as dificuldades foram diminuindo e a gente finalmente conseguiu a proteção que os papais e as mamães já possuem: a vacina contra a Covid-19 para crianças", diz trecho do documento divulgado nesta sexta.
O conselho pede ainda que os jovens alertem os pais para a imunização sem necessidade de receita médica, contrariando a decisão do ministro Marcelo Queiroga. "Avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina. A ciência vencerá. A fraternidade vencerá. A medicina vencerá e vocês estarão protegidos".
O Hoje em Dia solicitou um posicionamento do Ministério da Saúde e aguarda uma resposta.
Leia a íntegra da carta de Natal do Conass às crianças:
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