Construção demite 280 mil empregados em 1 ano, diz IBGE

Estadão Conteúdo
29/03/2018 às 12:05.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:05

A construção cortou 280 mil postos de trabalho no período de um ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total de ocupados na atividade encolheu 4,0% no trimestre até fevereiro de 2018 ante o mesmo período de 2017.

Também houve corte de vagas no setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com menos 285 mil empregados, um recuo de 3,2% no total de ocupados, e no segmento de transporte, armazenagem e correio, menos 15 mil vagas, redução de 0,3% na ocupação.

Na direção oposta, a indústria criou 375 mil vagas no período de um ano, uma alta de 3,3% no total de ocupados no setor no trimestre encerrado em fevereiro ante o mesmo trimestre de 2017. O comércio contratou 270 mil empregados, alta de 1,5% na ocupação no setor.

A atividade de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas - que inclui alguns serviços prestados à indústria - registrou um crescimento de 326 mil vagas em um ano, 3,3% de ocupados a mais.

Também houve aumento no contingente de trabalhadores de alojamento e alimentação (+271 mil empregados), outros serviços (+407 mil pessoas), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+390 mil vagas) e serviços domésticos (+256 mil empregados).

Trimestre

Segundo o IBGE, a indústria cortou 244 mil postos de trabalho em um trimestre, o equivalente a um recuo de 2,0% no total de ocupados no setor no trimestre encerrado em fevereiro em relação ao trimestre terminado em novembro do ano passado.

O total de ocupados no País diminuiu 0,9% no trimestre até fevereiro em relação ao trimestre até novembro de 2017, com a extinção de 858 mil vagas.

Outros setores que demitiram no período foram a construção, com 277 mil empregados a menos; serviços domésticos, 24 mil pessoas a menos; e administração pública, defesa, seguridade social, educação e saúde, com 435 mil demissões.

Por outro lado, houve contratações na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com 12 mil vagas a mais; comércio, mais 23 mil trabalhadores; outros serviços, com a geração de 51 mil novos postos; alojamento e alimentação, mais dois mil empregados; transporte, armazenagem e correio, com mil ocupados a mais; e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, mais 30 mil pessoas.
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