(Hoje em Dia)
A conta de luz vai ficar mais cara, conforme adiantou o Hoje em Dia na edição de 27 de março de 2017. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ontem que a partir de abril será hasteada a bandeira vermelha, adicionando cobrança extra de R$ 3 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
A decisão teve como base o nível dos reservatórios das hidrelétricas da região Sudeste e Centro-Oeste, 28,8% mais baixo do que em março passado, e a escassez de chuvas. Como reflexo, foi necessário acionar as usinas térmicas, aumentando o gasto com combustíveis para geração no sistema nacional.
Em média, um casal sem filhos que mora em apartamento com cozinha equipada consome 300 MWh por mês. Isso significa que este mesmo casal terá um acréscimo de R$ 9 na conta.
O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pela Agência Reguladora, que avalia a situação dos reservatórios. No começo de março, as chuvas já tinham ficado abaixo das expectativas, o que levou à necessidade de acionar mais termelétricas. Agora, a situação se agravou.
O objetivo do incremento da geração térmica é poupar água nos reservatórios para garantir que não haja escassez depois do fim do período chuvoso.
Há mais de um ano a bandeira vermelha não era acionada. No entanto, o recurso foi usado durante todo o ano de 2015 e janeiro e fevereiro de 2016. De lá para cá, as contas oscilaram entre bandeiras verdes e amarelas.
A bandeira vermelha possui dois patamares de cobrança. Quando o custo das termelétricas ligadas supera R$ 422,56 por megawatt-hora (MWh), a Aneel utiliza o primeiro patamar da bandeira vermelha, que adiciona R$ 3,00 a cada 100 kWh consumidos. Se o valor for superior a R$ 610,00 por MWh, o sistema atinge o segundo patamar da bandeira vermelha, cujo acréscimo é de R$ 3,50 a cada 100 kWh.
Em março, esse custo ficou entre R$ 211,28 por MWh e R$ 422,56 por MWh, nível em que é aplicada a bandeira amarela, que adiciona R$ 2,00 para