(Lucas Mercon/Fluminense FC)
O camisa 10 do Atlético pode vir do futebol carioca, após o jogador entrar na Justiça para romper o contrato de trabalho e ficar livre. A situação que trouxe Ronaldinho ao Galo em 2012 pode favorecer o clube mineiro (com algumas diferenças) novamente em 2018. O Atlético, através do Banco BMG, já entrou em contato com os agentes de Gustavo Scarpa na última sexta-feira.
O jogador de 24 anos é visto como o grande reforço, no Atlético, para esta janela de transferências antes de a temporada 2018 começar oficialmente. Seria o tão sonhado armador capaz de tomar a posição ocupada pelo irregular Juan Cazares (mesmo tendi sido o garçom da equipe em 2017). Para tanto, o Atlético segue de olho em duas situações: vencer a concorrência do mercado nacional por Scarpa, e esperar uma decisão segura da Justiça para o jogador realmente romper com o Fluminense.
O Hoje em Dia apurou com pessoas ligadas ao jogador que os números apresentados pelo Atlético agradaram o staff do atleta, formado pelos empresários da OTB Sports. Entretanto, o BMG vê a idade do jogador (24 anos) e o fato de ter entrado na Justiça como pontos negativos para se manter numa negociação que pode se transformar em leilão.
Afinal, além de Galo, o São Paulo e o Palmeiras são os outros clubes fortes na disputa para contar com o futebol de Scarpa.
AÇÃO TRABALHISTA E RESCISÃO NO BID
Scarpa entrou na Justiça Trabalhista contra o Flu pouco antes do Natal. O processo, de caráter de urgência, já teve duas decisões nesta semana. Primeiro, a juíza do caso rejeitou o pedido de "tutela antecipada" do atleta para quebrar o contrato ("existe perigo de que a tutela de urgência pretendida se torne irreversível, com prejuízos para as partes e também no que diz respeito a terceiros").
Entretanto, as advogadas do atleta entraram com um pedido de mandado de segurança aceito por um desembargador do TRT da 1ª região (Rio de Janeiro). Assim, o atleta conseguiu, por ora, se desvincular do Fluminense e a rescisão unilateral do contrato foi até mesmo publicada no BID da CBF na noite de sexta (12).
O caso, entretanto, está longe de ser definitivo. Por dois motivos: Scarpa entrou contra o Fluminense na Justiça devendo seis meses de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), além dos 13º's salários de 2016 e 2017, e os respectivos adiantamentos de férias, além de quatro meses de direito de imagem. Mas o Flu quitou parte desta dívida em 2018.
Por outro lado, ainda restam o pagamento dos quatro meses de direito de imagem de 2017, além do 13º salário de 2016. As informações das pendências ainda restantes são do portal NetFlu.
FUTURO E OBSERVAÇÃO ALVINEGRA
Há uma nova audiência entre Scarpa e Fluminense na 70ª vara do trabalho do Rio de Janeiro, agendada para 16 de abril de 2018 (sendo que esta reunião foi antecipada, pois a data original era em setembro). Porém, o Flu pode entrar com recurso no processo e caçar a liminar conseguida por Scarpa.
Assim, o atual panorama mostra o meia-atacante livre no mercado, através do BID, mas com o risco de o Fluminense reverter a decisão do mandado de segurança na Justiça, e o contrato com o jogador ser reativo.
E para não se ver enfraquecido na disputa por conta desta indefinição, o Atlético pretende também manter contato direto com o Fluminense, para, se for o caso, achar um denominador comum para "comprar" ou até mesmo "pegar emprestado" o atleta diretamente do tricolor das Laranjeiras.
De acordo com a petição de Scarpa contra o Fluminense, o jogador tinha um salário na casa dos R$ 160 mil em 2017 (R$ 84 mil na carteira - 50% de imagem), mas a renovação contratual que estendeu o vínculo até 2020 previa um aumento dos vencimentos totais do camisa 10 para R$ 300 mil (R$ 80 mil na imagem e R$ 224 mil na carteira).
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