Cordões de SP resgatam folias do passado

Mônica Reolom
27/02/2014 às 11:33.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:19

"Seremos cordão carnavalesco sim, com todas as implicações inerentes a esta opção", brada em seu site o Cordão Kolombolo, que desfilou pelas ruas da Vila Madalena no último sábado, 22. "Ser cordão" significa se inspirar em Dionisio Barbosa, que fundou, em 1914 o Cordão da Barra Funda (hoje a escola de samba Camisa Verde e Branco) em 1914. Um século depois, novos blocos de rua resgatam a memória dos carnavais do começo do século 20.

"O cordão é o pai do samba paulista", diz Renato Dias, fundador do Kolombolo, fundado em 2002. E, agora, também são os filhos: outros oito cordões vão sair às ruas até o dia 8 de março. O Cordão Corpo Fechado, que nasceu no ano passado, vai levar às ruas da zona norte, no sábado, 1, características típicas desse tipo de agremiação - como a Baliza, personagem que abre caminho entre os foliões e defende o estandarte, símbolo maior do cordão.

Também vai tocar músicas embaladas por batucada, percussão e sopro, com destaque para o bumbo. "O cordão tem uma liturgia, canta o samba-tema (que se transformou em samba-enredo nas escolas) do ano. O bloco não, você pode tocar várias músicas", explica Dias.

Outros cordões que vão desfilar não seguem ao pé da letra as características históricas, mas se inspiraram nelas. O Cordão do Triunfo, que sairá na região da Cracolândia no domingo, quis chamar assim a agremiação de carnaval por achar que fazia mais sentido. "Cordão tem uma coisa mais informal, suja, mais familiar", diz Paulo Faria, diretor da companhia Pessoal do Faroeste e fundador do grupo. "A denominação é mais simbólica do que ter como objetivo conservar as questões técnicas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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