Coreia do Norte revela motivo da condenação do americano Kenneth Bae

AFP
10/05/2013 às 08:49.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:34

SEUL - Um cidadão americano de origem coreana detido na Coreia do Norte foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados por introduzir no país material para desestabilizar o regime, informou nesta sexta feira (10) o Tribunal Supremo, que detalha pela primeira vez as acusações contra o réu.

Pae Jun-ho, cujo nome americano é Kenneth Bae, de 44 anos, foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados no dia 2 de maio. Bae foi detido em 3 de novembro na cidade portuária de Rason (nordeste), com um visto de turista.

Segundo a imprensa sul-coreana, o americano é diretor de uma agência de viagens e estava com vários turistas. Um deles transportava um disco rígido que continha supostos dados sensíveis.

Kenneth Bae é um ativista cristão evangelista, enviado a China entre 2006 e 2012 para estabelecer "bases de complô" com o objetivo de derrubar o regime de Pyongyang, afirmou o porta-voz do Tribunal Supremo em um comunicado divulgado pela agência oficial norte coreana KCNA.

"Cometeu atos como estimular os norte-coreanos que estão no exterior, ou estrangeiros, a cometer atos hostis para derrubar o governo, iniciando uma campanha de difamação", afirma a nota.

De acordo com o comunicado, o réu foi detido quando transportava obras críticas do regime, em Rason. Ele não foi condenado à pena de morte porque confessou todos os crimes atribuídos, afirmou o porta voz.

Pyongyang informou recentemente que não se tratava de convidar personalidades americanas para negociar a libertação de Kenneth Bae.

O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter informou que não tem viagem prevista a Coreia do Norte. Pyongyang já libertou cidadãos americanos depois de visitas de emissários de alto nível. O governo americano exigiu a "libertação imediata" de Kenneth Bae.

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