(Divulgação/PMMG)
O corpo do caseiro do sítio em que estavam os 25 suspeitos mortos durante a operação conjunta da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, no dia 31 de outubro, em Varginha, no Sul de Minas, foi liberado pelo Instituto Médico Legal de Belo Horizonte nesta segunda-feira (8). Adriano Garcia, 47 anos, era natural de Elói Mendes, município próximo à cidade mineira. Seu corpo foi entregue a familiares que estiveram no IML.
De acordo com a Polícia Militar, o homem era suspeito de integrar a quadrilha responsável por diversos assaltos a bancos no Estado. Durante a ação policial em outubro, foram apreendidas diversas armas e munições de alto calibre.
A identificação de Adriano, assim como a dos outros 25 suspeitos, foi feita por meio de DNA. Segundo a Polícia Civil, o procedimento foi uma atuação conjunta das equipes dos Institutos Médico Legal, de Identificação e de Criminalística da corporação.
Identificação
No último domingo (7) a Polícia Civil de Minas informou que todos os suspeitos mortos durante a operação contra o Novo Cangaço, em Varginha, no dia 31 de outubro, já tinham sido identificados. Os reconhecimentos foram feitos a partir de exames datiloscópicos. As impressões digitais foram coletadas e comparadas com dados de um banco nacional para verificar uma possível correlação dos homens com outros crimes já cometidos. A investigação ainda vai analisar veículos, armas e as casas usadas pelo grupo.
Segundo a lista divulgada pela corporação, o bando era composto por 13 pessoas de Minas Gerais, cinco de Goiás, duas do Distrito Federal, uma de Rondônia, duas do Maranhão, uma de São Paulo, uma do Amazonas e uma do Pará - veja a lista com os nomes no final da matéria.
O que é “novo cangaço?”
A expressão é antiga e remonta ao cangaço, uma onda de crimes e violência ocorrida em quase todo o sertão nordestino do país entre o século XVIII e meados do século XX.
As ações desse tipo de quadrilha, geralmente composta por 30 a 40 criminosos, são sempre marcadas por extrema violência, de preferência durante a madrugada, em cidades do interior, e com armamentos pesados para impedir a reação da polícia próxima ao local da ação.
Em Minas Gerais, o último crime desse tipo ocorreu em 2019, quando um grupo formado por 25 bandidos fortemente armados atacou um banco em Uberaba, no Triângulo, deixando vários feridos e um morto.
No Brasil, no fim de agosto deste ano, ao menos 20 criminosos com armamento pesado invadiram Araçatuba, no interior de São Paulo, promovendo explosões e quebra-quebra em agências bancárias. A ocorrência terminou com três mortos, sendo dois moradores e um suspeito de participar dos ataques.
Veja a lista dos corpos identificados: