(PMMG/ Divulgação)
Operação das polícias Militar (PM) e Rodoviária Federal (PRF) terminou com a morte de 26 suspeitos de integrar uma quadrilha de roubo a bancos que estaria prestes a agir em Varginha, no Sul do Estado. O trabalho de identificação das vítimas seguirá nesta segunda-feira (1º), mas as autoridades não têm dúvidas de que o bando preparava um ataque nos moldes do que vem sendo chamado de “novo cangaço”: o assalto a agências bancárias de cidades do interior, onde a segurança é menor, por grupos fortemente armados que espalham o terror junto à população.
A operação aconteceu na zona rural, na madrugada de domingo, após o serviço de inteligência da polícia identificar sítios que teriam sido alugados e onde havia intensa movimentação de veículos, mas sem festas e confraternizações. A discrição chamou a atenção dos policiais.
Participaram do cerco 22 militares, o Bope e o Grupo de Resposta Rápida (GRR) da PRF. Nenhum deles ficou ferido. Segundo a polícia, o arsenal apreendido inclui pelo menos dez fuzis, escopetas, espingardas e muita munição, inclusive cartuchos de grosso calibre. Galões de combustível, explosivos e coletes, dinheiro e trajes militares também foram recolhidos.
Segundo o inspetor Aristides Júnior, da PRF, o sinal de alerta veio após a constatação de uma movimentação atípica de veículos na cidade. “A operação não foi feita em 24 ou 48 horas. Foi muito bem planejada para evitar que a quadrilha agisse, o que seria muito mais desastroso, com risco muito maior para pessoas inocentes”.
Novo cangaço
Ainda segundo os policiais, há indícios de que se trata da mesma quadrilha que praticou ataques em Criciúma (SC), Araçatuba (SP) e Uberaba (MG).
A hipótese é reforçada pelo tipo de armamento apreendido, assim como alguns padrões.
Em Araçatuba, os carros usados na ação foram pintados de preto para dificultar a identificação à noite. No sítio em Varginha havia um veículo parcialmente pintado de preto e diversas latas de tinta spray.
Outro sinal de que o grupo pode ser o mesmo está na forma de preparação dos explosivos.
Também haveria um padrão na data dos ataques. Segundo a polícia, as quadrilhas geralmente tomam as cidades nas madrugadas de domingo para segunda-feira.
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