O embaixador do Brasil na Turquia, Antonio Salgado, disse à Agência Brasil nesta sexta-feira, 24, que os corpos das três turistas brasileiras mortas no acidente com o balão na Capadócia, no dia 20, devem chegar ao País em uma semana. A demora, afirma Salgado, que passou os últimos dias na Capadócia, se deve ao processo de liberação de documentos por parte das autoridades turcas.
"Há vários procedimentos que devem ser cumpridos, daí a espera. Talvez leve, no máximo, mais uma semana para ser resolvido. O governo turco deve emitir a certidão de óbito e a Embaixada do Brasil fará uma declaração. Depois disso, as autoridades turcas emitem o termo de recebimento. A embaixada não tem responsabilidade no processo de custeio", afirmou.
Seis brasileiros continuam internados, segundo o embaixador. "Foram sete brasileiros feridos, dos quais seis permanecem internados. Conversei com os médicos e os brasileiros estão sendo bem assistidos. Mas deverão ficar aqui por algum tempo até terem condições de viajar para o Brasil."
O choque
O acidente aconteceu por volta de 6h de segunda-feira, 20, horário local, nas imediações do vilarejo histórico e turístico de Göreme, na província de Nevsehir, região central da Turquia.
De acordo com testemunhas, o balão no qual estavam os turistas brasileiros se chocou minutos após a decolagem com o cesto de outra aeronave. Com seu "envelope" de lona furado, o balão caiu de uma altura de 300 metros. Nos últimos 50 metros, esvaziado, o tombo se acelerou e intensificou o impacto com a terra. Maria Luiza Gomes, de 71 anos, Marina Rosas, de 65 anos, e Ellen Kopelman, de 76 anos, que moravam no Rio, morreram.
A Direção-Geral de Aviação Civil (DHGM) da Turquia abriu investigação para apurar as causas do acidente.
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