(Polícia Civil / Reprodução)
A Polícia Civil de Minas Gerais concedeu coletiva na tarde desta quarta-feira (18) para dar novos detalhes sobre a identificação de duas das seis vítimas da chacina familiar no Distrito Federal. Corpos foram encontrados carbonizados em Unaí, no Noroeste de Minas, e chegaram a Belo Horizonte para passarem por perícia.
De acordo com o médico-legista do setor de Antropologia Forense, Alexander Santos Dionísio, o reconhecimento das vítimas ainda não foi possível devido à condição dos corpos. "Estavam com alto grau de carbonização. Alguns ossos calcinados. O que demonstra que ficaram expostos a muito tempo ao fogo e às altas temperaturas. Teremos dificuldade em realizar a perícia".
Segundo a Polícia Civil, os trabalhos investigativos prosseguem e ainda não existe uma data para o término dos trabalhos forenses.
A investigação
Entre a última sexta (14) e o domingo (16), a PC de Brasília recebeu denúncias do desaparecimento de 10 pessoas. Posteriormente, recebeu a informação de que dois veículos, que seriam dos desaparecidos, foram encontrados em Cristalina, em Goiás, e Unaí, com seis corpos carbonizados dentro deles, incluindo três crianças.
A investigação levou á prisão de dois suspeitos de participar da ação criminosa. O crime estaria associado à extorsão das vítimas. Durante a prisão foram encontrados R$ 10 mil com os autuados. Eles teriam recebido R$ 100 mil pela chacina.
Após a prisão, um dos envolvidos indicou a participação do pai das crianças e também o avô nas mortes. Os dois constavam como desaparecidos, mas após a suspeita de participação no crime, fugiram do Distrito Federal.
O terceiro homem preso, de 34 anos, teria participado da vigilância das vítimas enquanto eram mantidas em cárcere em Planaltina, no DF.
De acordo com a Polícia, as investigações prosseguem no intuito de “verificar a versão apresentada, isto é, se o pai das crianças e o avô estão vivos e se realmente foram coautores do hediondo crime”.
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