Correa adverte sobre riscos à saúde física e mental de Assange em Londres

AFP
01/12/2012 às 13:01.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:58

LIMA - O presidente do Equador, Rafael Correa, disse na sexta-feira (30) que existe o risco de que se deteriore a saúde física e mental do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado na Embaixada do Equador em Londres.

Correa alegou que a solução para o asilo concedido a Assange desde junho na embaixada equatoriana em Londres, está nas mãos da Grã-Bretanha, Suécia e das autoridades jurídicas europeias e enfatizou que houve conversações com Londres em busca de uma solução ao reclusão do fundador do WikiLeaks.

"Não falo com ele desde que estive em nossa embaixada, mas a embaixadora me informou que ele tinha um pequeno problema pulmonar, nada grave", disse.

Correa se referiu ainda às possíveis negociações entre seu governo e Inglaterra e Suécia com relação à possibilidade de conseguir um salvo-conduto que permita a Assange viajar ao Equador.

"Nós não negociamos com direitos humanos, não utilizamos essa palavra neste caso, mas houve permanentes conversações. A solução deste problema está nas mãos da Grã-Bretanha, Suécia e das autoridades jurídicas europeias porque o advogado de Assange, Baltazar Garzón, está fazendo uma série de procedimentos em diferentes instâncias europeias", mencionou.

Caso a "Grã-Bretanha dê amanhã o salvo-conduto, isso acaba. E se a Suécia, como perfeitamente permite sua legislação e como foi feito em outros casos, interrogar o senhor Assange na embaixada do Equador em Londres ou o interrogar via Skype amanhã mesmo acaba este problema".

O presidente afirmou ainda que caso perca as eleições presidenciais de fevereiro de 2013, ele se retirará da vida pública.

"Pessoalmente, jamais me interessei pelo poder, mas em situações tão injustas como a do Equador, com essa pobreza sócio-econômica, só se pode corrigir a partir do poder político. Meu movimento pólitico acreditou que eu seria a pessoa mais indicada para garantir essa provável vitória, pois temos que aceitar essa responsabilidade", disse.

"Caso eu vença, será meu último período na presidência e assim saímos da vida pública. Caso percamos, saio da mesma forma. É uma decisão", indicou.

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