(ITAMAR CRISPIM/ FIOCRUZ/DIVULGAÇÃO)
O atendimento a pacientes com suspeita de Covid-19 na rede pública da capital registra aumento gradual, ao longo de um mês. De 17 de outubro a 14 de novembro, aponta boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Belo Horizonte nesta segunda-feira (16), a curva da doença voltou a subir na cidade. A taxa de transmissão do novo coronavírus, que era de 0,99 há uma semana, também avançou, para 1,13.
De 11 a 17 de outubro, diz o boletim da PBH, foram 5.824 atendimentos. Já de 8 a 14 de novembro, os registros subiram para 7.694.
Desde o auge da epidemia, em julho, até meados de outubro, aponta o boletim da PBH, a cidade vinha registrando quedas graduais no número de atendimento a pacientes com suspeita de Covid. Entre as semanas epidemiológicas 42 a 46 (de 17 de outubro a 14 de novembro), a curva mudou, voltando a notificar um aumento gradual.
O crescimento do número médio de transmissão por infectado (Rt), de 0,99 há uma semana para 1, 13, conforme o boletim, significa que 100 infectados transmitem o novo coronavírus para 113 pessoas, o que pode representar o crescimento exponencial da doença. Isso põe BH no nível amarelo, que configura alerta para a população.
Incidência
Ainda conforme o boletim, BH registra 51.194 casos confirmados de Covid, 607 a mais do que na sexta-feira (13). Neste momento, há 2.279 pacientes em acompanhamento na cidade.
Desde o começo da pandemia, são contabilizadas 1.566 mortes por Covid, oito a mais do que no último levantamento, apresentado na sexta-feira. Três desses óbitos referem-se a casos antigos, ocorridos em julho e agosto. Há ainda 96 mortes em investigação.
‘Retorno consciente'
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que os indicadores permanecem em monitoramento constante e qualquer agravamento que comprometa a capacidade de atendimento será tratado para preservar vidas.
De acordo com a pasta, como o Rt está acima de 1,00 há mais de uma semana e há aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o corpo técnico da prefeitura terá que se aprofundar “na investigação dos casos, para apurar se já estamos tendo um retorno consistente” da epidemia.