Cozinha comunitária é construída com recursos do governo de Minas

Jornal O Norte
27/04/2010 às 09:40.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:27

Biscoito doce, biscoito de polvilho, de farinha de mandioca ou de milho e ainda geleia de mocotó. Todas essas delícias estão sendo produzidas na cozinha comunitária de Santa Bárbara, comunidade localizada a 12 quilômetros de Montes Claros, no Norte de Minas, que foi inaugurada no dia 13 de abril. Construída no centro comunitário da associação Santa Bárbara, a cozinha é administrada pelo Quitandas Santa Bárbara, um grupo de mulheres rurais que fabricavam produtos alimentícios em casa e vendiam nos mercados de Montes Claros.

Com a proposta de ampliar o trabalho desenvolvido pelo grupo, os extensionistas da Emater- Empresa de Assistência técnica e extensão rural do Estado de Minas Gerais, Maria do Rosário Pena e Adailton Figueiredo, elaboraram um projeto de criação de uma minifábrica de quitandas que previa a reforma de um cômodo já existente no centro comunitário e a construção de uma cozinha.

- O projeto inclui uma sala de expedição para guardar os produtos fabricados, vestiário, depósito de materiais e banheiro – afirma Maria do Rosário.

A construção da cozinha comunitária foi feita com recursos do PCPR -  Programa de combate à pobreza rural do estado de Minas Gerais, num valor aproximado de R$ 26 mil. Já a aquisição de vasilhames e utensílios foi obtida com uma verba de cerca de R$ 4 mil do Minas Sem Fome, programa estruturador do governo de Minas. O grupo recebeu ainda outros R$ 5 mil em doações que foram aplicados na compra de eletrodomésticos.

A extensionista da Emater - MG, Maria do Rosário Pena, lembra que, antes da implantação da cozinha comunitária, os treinamentos eram realizados em um restaurante cedido por uma das participantes do grupo e os vasilhames usados eram emprestados. Mas, mesmo tendo de enfrentar várias dificuldades, o grupo sobressaiu na produção de biscoitos e geleia de mocotó. O presidente da associação, Robson Araújo, conta que no início o grupo tinha uma produção tímida que foi crescendo.

- As vendas foram aumentando e a atividade começou a gerar mais renda aos participantes. Mas, para sustentar esse crescimento, era necessário ter um local próprio para fabricar os produtos do grupo - diz.

Maria do Rosário ressalta que, com a implantação da cozinha, a meta é aumentar a atividade econômica do grupo, criar uma marca de identificação dos produtos e consolidar o espaço no mercado em função da assiduidade da oferta. Também serão trabalhadas a melhoria da qualidade das quitandas e a qualificação da mão-de-obra das mulheres.

Para a quitandeira Solange Silva Santos, o funcionamento da minifábrica vai permitir a participação de um número maior de famílias da comunidade e o fortalecimento do grupo. Atualmente, a associação envolve 25 famílias e o grupo de produção de quitandas é composto por 11 pessoas. Os produtos são vendidos no mercado local, em feiras e padarias e no Ceanorte -Centro de abastecimento do Norte de Minas.

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