No dia 16,a comissão irá ouvir um representante legal da Consominas Engenharia, empresa responsável pela limpeza da água
(Valéria Marques / Hoje em Dia)
Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pampulha, que investiga os contratos de limpeza e manutenção das águas da lagoa, farão visitas técnicas e vistorias em três pontos distintos da orla nesta terça-feira (9). Ação deve contribuir para impedir ainda contaminação da água.
Os vereadores da CPI da Pampulha aprovaram, na última terça-feira (2) requerimentos para ouvirem o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e representante legal da Consominas Engenharia, empresa responsável pela limpeza da lagoa.
As duas oitivas foram marcadas para o dia 16 de abril. Os vereadores querem informações sobre os laudos emitidos pela empresa sobre a limpeza da lagoa.
Nesta terça-feira, o primeiro ponto a ser fiscalizado será a Estação de Tratamento de Água do Parque Ecológico. Construída em 2003, a ETA/PEP complementa o trabalho da Estação de Tratamento de Águas Fluviais (ETAF) Ressaca e Sarandi, da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), responsável pelo tratamento da água “bruta”que chega à Lagoa da Pampulha.
De acordo com a prefeitura da capital, o tratamento resulta em uma água com qualidade “classe 2”, ou seja, que pode ser utilizada para natação ou banho, e hoje responde pela irrigação de uma área gramada de 245 mil m2, que representa cerca de 80% do Parque.
Em seguida, os parlamentares vão vistoriar o ponto em que o Córrego Sarandi encontra a represa, na altura do número 710 da Avenida Otacílio Negrão de Lima. Por fim, às 11h, a equipe vai percorrer ferros-velhos localizados na Avenida Clóvis Salgado, no Bairro Bandeirantes, a partir do nº 1180, para observar in loco se ocorre despejo de resíduos desses estabelecimentos no afluente, contaminando a Lagoa.
As vistorias foram solicitadas pelo relator da Comissão, Braulio Lara (Novo), e devem ter início às 9h30, na Avenida Otacílio Negrão de Lima, em frente à Portaria ll da Toca da Raposa.
A nova CPI foi iniciada em julho de 2023, pelo Tribunal de Justiça (TJMG), após a primeira tentativa terminar sem indiciamentos ou comprovação de atos ilícitos.