Crescem as exportações de carne em Minas

Jornal O Norte
31/05/2007 às 10:48.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:06

Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

Apesar de o ministério da Agricultura estar correndo atrás do provável prejuízo com o novo embargo da carne para a Rússia, um dos principais compradores do Brasil, as exportações de Minas Gerais cresceram significativamente nesse primeiro trimestre. Os cálculos dos especialistas dão conta de que o crescimento chegou a 80%.



Conforme noticiou a Gazeta Mercantil, considerando-se os meses de janeiro, fevereiro e abril, passou de US$ 59,8 milhões em 2006 para US$ 107,4 milhões neste ano.

Em termos de volume Minas registrou crescimento de 55% em comparação com o mesmo período, passando de 22.515 toneladas de carne bovina exportada no primeiro trimestre de 2006 para 34.959 toneladas em 2007.

De acordo com o assessor técnico da Faemg - Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, o crescimento do volume de exportações do produto se deve à abertura de novos mercados externos e aumento da demanda internacional, além de aumento da eficiência do sistema produtivo em Minas.

No Norte de Minas os produtores tem produzido gado de ponta para atender ao mercado, inclusive porque com o frigorífico Independência instalado em Janaúba as exigências são maiores.

O frigorífico tem, por sinal, orientado aos produtores que o gado ganhe mais peso porque o interessante é o animal ter carcaças recheadas. Apesar de o animal aqui no Norte de Minas ser jovem a carne é de boa qualidade. Os produtores têm se atentado a produzir gado rastreado. Muitos inclusive optam por confinar o animal porque acreditam que ganham mais peso.

Uma das novas atitudes da classe rural com a secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento é justamente melhorar a qualidade genética do gado com o programa Pró-Genética.

A intenção é tornar o Norte de Minas numa região polivalente em bovinocultura a secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em parceria com a associação de gado de corte do Norte de Minas, Sociedade rural de Montes Claros, Sindicato Rural, Emater, entre outros estão empenhados na melhoria pela reposição de touros nas fazendas norte-mineiras; especialmente em propriedades de pequenos produtores.

ATITUDE

Mas voltando a falar da suspensão da carne nacional, de acordo com o Mapa - ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a secretaria de Defesa Agropecuária solicitou na última sexta-feira que o serviço veterinário russo revogue a suspensão do fornecimento de carne de cinco dos onze frigoríficos brasileiros que tiveram a carne impedida de entrar na Rússia. Em reunião com inspetores russos na última sexta-feira, em São Paulo, representantes do Mapa analisaram as justificativas apresentadas pelas autoridades veterinárias de Moscou para suspenderem as licenças de exportação dos estabelecimentos.

De acordo com o DIPOA - Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, as justificativas apresentadas não são tecnicamente consistentes. Os técnicos russos suspeitam de falsificação nos certificados sanitários internacionais e alegam ter encontrado indícios de irregularidades nos rótulos dos produtos.

A missão de inspetores russos deixou o Brasil nessa terça-feira, após ter visitado frigoríficos em Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás e São Paulo.

Desde terça-feira todos os frigoríficos que tiveram o fornecimento de carne suspenso pelo governo russo receberão visitas de fiscais do Mapa.

- Vamos avaliar a situação de cada um deles e enviar as informações para o serviço veterinário russo - informa Ari Crespim, coordenador de programas especiais do DIPOA/SDA.

- A decisão sobre a volta no fornecimento, no entanto, dependerá de decisão das autoridades em Moscou - completa. (com informações Mapa)

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