A Operação Vulcano da Polícia Federal (PF) prendeu em Fortaleza o coordenador do Movimento Internacional pela Paz e Não Violência (MovPaz), Clóvis Nunes. A operação, que se desenvolve na Bahia e no Ceará, desarticula uma organização criminosa responsável por praticar fraudes contra o programa federal Desarma, através da Campanha do Desarmamento.
A fraude consistia na inserção fraudulenta de dados de armas inexistentes no sistema Desarma e no cadastramento de armas artesanais como se fossem de fabricação industrial. O crime gerou guias de pagamento que variaram de R$ 150,00 a R$ 400,00. A PF calcula que o prejuízo à União pode chegar a R$ 1,3 milhão.
O esquema na Bahia e no Ceará fraudou o recebimento de 8,8 mil armas de fogo; 4 mil armas não existiam e outras 4,4 mil armas de fabricação artesanal, que não gerariam qualquer tipo de pagamento pelo Governo Federal.
De acordo com a PF, o esquema era chefiado por Clóvis Nunes, que criou a organização não governamental MovPaz exatamente para fazer a fraude no Ceará, Bahia e outros Estados.
Clóvis Nunes foi transferido de Fortaleza para Feira de Santana (BA), onde também está preso o irmão dele Carlos Alberto Nunes, também acusado de envolvimento no esquema fraudulento. Os dois devem ser levados para o Presídio Regional de Feira. Segundo a PF, os irmãos são acusados de peculato donoso, peculato eletrônico, formação de quadrilha e fraude à Lei do Desarmamento.
O MovPaz em Fortaleza emitiu uma nota afirmando que "não guarda qualquer relação com o acontecimento de Feira de Santana". A nota destaca ainda "que não é possível emitir qualquer juízo de valor sobre os apontamentos realizados, haja vista que o processo não chegou ao conhecimento da entidade em Fortaleza".
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