(Bruno Cantini/Atlético e Alexandre Loureiro/LightPress/Cruzeiro)
Quando a temporada 2016 começou, a expectativa realista dos dois jogadores era de mais 12 meses como coadjuvantes nos rivais Atlético e Cruzeiro. Crias da base e sem perspectivas de jogar, o zagueiro Gabriel e o goleiro Rafael conseguiram driblar o destino no segundo semestre. Nas últimas apresentações da dupla mineira, os oriundos das divisões inferiores se destacaram positivamente.
No Cruzeiro desde 2008, Rafael sempre foi a sombra do goleiro Fábio. Em oito temporadas, o jogador de 27 anos não fez mais do que 50 jogos pelo clube. Oportunidades escassas diante de uma posição tomada pelo recordista de jogos da história da Raposa. Mas uma lesão grave do titular, em agosto, mudaria as projeções do “eterno reserva”.
Rafael foi titular nos últimos 9 jogos. Acumulou participações decisivas que ajudaram o Cruzeiro na luta contra o rebaixamento. Assim que começou a missão de substituir o ídolo Fábio, o goleiro suplente ganhou como incentivo a renovação de contrato até o fim de 2019. Além disso, com Élber e Alisson ainda recuperando espaços, Rafael é o único jogador revelado pelo Cruzeiro titular da equipe de Mano.
GRATA SURPRESA
Para a próxima temporada, o Atlético já estuda a contratação de mais dois zagueiros e a dispensa de Ronaldo Conceição e Edcarlos. Entretanto, as boas apresentações do jovem Gabriel podem diminuir o ímpeto alvinegro de reforçar o setor.
O jovem defensor de 21 anos havia sido utilizado por Diego Aguirre, mas em situações nas quais a equipe poupava forças. No segundo turno do Campeonato Brasileiro, entretanto, o atleta teve que mostrar serviços em jogos importantes.
Contra o Corinthians, na quarta-feira, foi um dos pontos chaves para o Galo segurar o empate em 0 a 0. A estatura baixa para a posição (Gabriel, extra-oficialmente, mede cerca de 1,80m) ainda é uma preocupação nas bolas aéreas. Ele falhou no gol de Roger quando o Galo venceu a Ponte Preta no último fim de semana. Porém, ele aposta na velocidade e no posicionamento para ajudar o Atlético a ter menos de um gol sofrido por jogo, em média.
Isso, pelo menos, até o retorno do titular Frickson Erazo, que se ausentou por conta de duas lesões (torção no joelho direito e corte na testa) e pelas convocações para defender a seleção do Equador.