(Martin Bernetti/Lightpress)
O Cruzeiro foi ao Chile precisando da vitória para se recuperar no Grupo 5 da Copa Libertadores, mas com um futebol burocrático apenas empatou com a Universidad de Chile na noite desta quinta-feira (19), no estádio Nacional, em Santiago, somando apenas um ponto e terminando a primeira metade da fase de grupos com pífios 22% de aproveitamento.
A equipe de Mano Menezes até jogou melhor no segundo tempo, mas não o suficiente para garantir a vitória. Com os dois pontos somados nos três jogos a Raposa fica na terceira colocação, atrás do Racing, líder com sete pontos, e da própria La U que tem cinco. O Vasco é o lanterna com apenas um.
Agora o Cruzeiro esquece a Libertadores e enfrenta o Fluminense no próximo domingo (22), no Maracanã, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. No dia 26 recebe a Universidad de Chile no Mineirão para abrir os jogos de volta e tentar melhorar sua classificação.
O jogo
A necessidade pela vitória era latente já que nos dois primeiros jogos o time conquistou apenas um ponto de seis disputados. Mano Menezes alterou bastante a equipe, sacando Robinho e Ariel Cabral no meio-campo, apostando em Lucas Silva e Mancuello. O meia-atacante Rafinha também retornou, sendo sacrificado o jogador com a função do 9, no caso Rafael Sóbis, titular contra o Grêmio na estreia do Brasileiro.
As mudanças deixaram a Raposa com a transição meio-campo e ataque bem lenta. Entretanto, deixou o time seguro na defesa, sem levar sustos, também pela inoperância ofensiva da Universidad de Chile-CHI.
A primeira chance mais clara de gol saiu aos 23 minutos, em falta cobrada de longe, na área, e Dedé subindo alto para cabecear. Herrera defendeu com tranquilidade. Um minuto depois foi a vez de Lucas Silva receber de Thiago Neves e chutar de longe, mas sem tanto perigo para o goleiro chileno.
E foi dos pés do próprio Lucas Silva a chance mais perigosa do Cruzeiro. Aos 39 minutos o volante ficou com a bola na intermediária e, sem opção para tocar na frente, arriscou de longe acertando o travessão de Herrera. O “prata da casa” celeste que não tem permanência garantida após junho, quando termina o empréstimo do Real Madrid-ESP.
De uma forma geral o primeiro tempo foi burocrático, travado, mas com ligeira vantagem para o Cruzeiro, que finalizou mais que a La U. As duas equipes empataram na posse de bola, tendo 50% para cada lado, o que prova que o jogo ficou bem “agarrado” na etapa número um.
A segunda etapa começou melhor para a La U, que adiantou suas linhas ofensivas e sufocou o Cruzeiro. Soteldo aberto pela direita dava “um calor” na defesa celeste, que tinha dificuldade para sair jogando.
Vendo a necessidade de segurar mais a bola e diminuir o ímpeto do adversário, Mano Menezes sacou Mancuello e apostou em Robinho, tentando ganhar mais o meio-campo.
A substituição não surtiu efeito imediato e quem seguiu pressionando foi a La U. Aos 20 minutos da etapa complementar o goleiro Fábio operou um milagre após cabeçada de Rodríguez. O camisa 1 estrelado espalmou para salvar a Raposa.
Três minutos depois foi a vez do Cruzeiro assustar, e por poucos centímetros o time azul não abriu o placar. Arrascaeta saiu em disparada pela esquerda, chutou cruzado e a bola acertou a “orelha” da trave, para alívio do goleiro Herrera.
O jogo ficou mais aberto quando o relógio marcou 30 minutos e ambas as equipes buscaram ser mais insinuantes. Mano Menezes apostou em Sassá para ter uma referência no ataque, mas sacrificou Arrascaeta.
A chance mais clara após essa troca aconteceu aos 41 minutos, quando Sassá correu pela esquerda e triangulou no ataque, com Thiago Neves chutando rente à trave. Um minuto depois o mesmo Sassá levou perigo, mas a zaga chilena afastou.
UNIVERSIDAD DE CHILE 0 X 0 CRUZEIRO
Motivo: Terceira rodada do Grupo 5 da Copa Libertadores
Local: Estádio Nacional, em Santiago (Chile)
Árbitro: Víctor Carrillo (PER)
Assistentes: Johny Bosso e Raul Lopez Cruz (PER)
Gol: Não houve
Cartão amarelo: Lucas Silva, Dedé (CRU); Reyes, Vilches, Araos (UCH)
Cartão vermelho: Não houve
Público: 45.084 presentes
CRUZEIRO – Fábio; Edílson, Léo, Dedé e Egídio; Henrique, Lucas Silva (Ariel Cabral) e Mancuello (Robinho); Arrascaeta (Sassá) e Rafinha; Thiago Neves. Técnico: Mano Menezes
UNIVERSIDAD DE CHILE – Herrera; Vilches, Echeverría e Contreras (Guerra); Rodríguez (Schultz), Reyes, Pizarro, Monzón e Araos; Soteldo e Mauricio Pinilla. Técnico: Guillermo Hoyos