(Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)
Pode ser ao contrário, pois os dois clubes têm como objetivo maior se distanciar da zona de rebaixamento. Mas não deixa de ser uma decisão o confronto deste domingo (11), às 16h, no Mineirão, entre Cruzeiro e Botafogo, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, pois uma vitória significará muito mais que os três pontos para quem deixar o gramado do Gigante da Pampulha como ganhador do confronto.
Depois de amargar até a vice-lanterna da competição, o Cruzeiro deixou a zona de rebaixamento há três rodadas, com os 2 a 1 sobre o Figueirense, no Orlando Scarpelli, no dia 21 de agosto. Uma vitória na partida deste domingo pode significar outro passo importante na fuga do Z-4, pois o time de Mano Menezes tem a chance de alcançar a primeira metade da classificação, chegando ao décimo lugar.
Para isso, além de vencer o Botafogo, precisa contar com pelo menos um empate da Chapecoense, que também neste domingo recebe o Coritiba, às 11h, na Arena Condá, em Chapecó.
E a grande aposta cruzeirense é no retrospecto favorável nos confrontos contra o Botafogo, no Mineirão, onde não perde para o time carioca há quase duas décadas.
A última derrota cruzeirense, no Gigante da Pampulha, para o Botafogo, foi logo depois da conquista do bicampeonato da Copa Libertadores, em 1997. Naquele ano também a Raposa brigava contra o rebaixamento e saiu vencendo o confronto por 2 a 0, mas acabou permitindo a virada botafoguense na etapa final.
A escrita cruzeirense é recheada de momentos históricos do confronto, que tiveram o gramado do Mineirão como palco. Nem só fatos positivos marcam essa trajetória, pois em 10 de agosto de 2005, uma goleada cruzeirense por 4 a 1, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O confronto foi comandado por Edilson Pereira de Carvalho, principal envolvido na “Máfia do Apito”, um esquema criminoso montado para favorecer apostadores.
A goleada cruzeirense virou um amistoso e novo confronto foi disputado pelo Brasileirão. Com portões abertos, o Mineirão recebeu mais de 50 mil torcedores. E o Cruzeiro “perdeu” dois pontos, pois o confronto terminou empatado por 2 a 2.
Camisa amarela
Em 2010, a penúltima partida da Raposa no velho Mineirão foi diante do Botafogo, em 26 de maio. E o confronto, que terminou com vitória mineira por 1 a 0, ficou marcado pelo uso de uma camisa amarela pelo Cruzeiro, numa homenagem à Seleção Brasileira, que naquele ano disputou a Copa do Mundo da África do Sul.
Decisão
A goleada cruzeirense por 3 a 0, em 18 de setembro de 2013, foi praticamente a decisão do Campeonato Brasileiro daquele ano, que teve os dois clubes duelando pela taça em grande parte da disputa.
A partir da vitória sobre o concorrente direto, o time comandado por Marcelo Oliveira disparou rumo à taça.
Retorno
Em busca da quarta vitória consecutiva, o Cruzeiro, que ao lado do Palmeiras é dono da maior sequência atual de invencibilidade do Brasileirão, pois não perde há seis rodadas, contará neste domingo com o retorno do atacante Rafael Sóbis, que cumpriu suspensão nos 2 a 0 sobre o América, na última quinta-feira, no Independência. Ele entra no lugar de Rafinha.
Uma dúvida é o lateral-esquerdo Edimar, com dor muscular na coxa esquerda. Se ele ficar de fora do confronto, a tendência é que Bryan, titular no início da competição, mas com um desempenho muito ruim, seja escalado.
Rodada
Além de encarar o Botafogo, o Cruzeiro estará neste domingo de olho nos confrontos de vários concorrentes diretos na briga contra o rebaixamento. Além de Chapecoense x Coritiba, o cruzeirense estará ligado no que acontecer em São Paulo x Figueirense, às 11h, no Morumbi, Atlético-PR x Internacional, às 16h, na Arena da Baixada, e Sport x Santa Cruz, às 16, na Ilha do Retiro.
A ficha do jogo
CRUZEIRO
Rafael; Lucas, Manoel, Bruno Rodrigo e Edimar (Bryan); Henrique e Ariel Cabral; Arrascaeta, Robinho e Rafael Sóbis; Ramón Ábila.
Técnico: Mano Menezes
BOTAFOGO
Sidão; Diego, Carli (Renan Fonseca), Emerson e Diogo Barbosa; Airton (Victor Luís), Bruno Silva, Dudu Cearense e Camilo; Neilton e Sassá (Vinícius Tanque). Técnico: Jair Ventura
HORÁRIO: 16h
LOCAL: Mineirão
ARBITRAGEM: Rafael Traci, auxiliado por Bruno Boschilia e Luciano Roggenbaum, todos do Paraná
TRANSMISSÃO: Premiere