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Cruzeiro e América reagem contra impactos da Reforma Tributária

Dirigentes temem que mudanças comprometam investimentos e o futuro financeiro das equipes brasileiras

Do HOJE EM DIA
esportes@hojeemdia.com.br
Publicado em 17/12/2024 às 20:31.
 (Flickr Cruzeiro)

(Flickr Cruzeiro)

Nesta terça-feira (17 ), os clubes brasileiros se posicionaram contra as mudanças propostas pela Reforma Tributária, destacando os riscos que essas alterações podem representar para o futuro do esporte no país. Em um comunicado nas redes sociais, as agremiações expressaram preocupação com o impacto das modificações nas finanças dos clubes e a ameaça aos investimentos no futebol.

O texto, assinado por Cruzeiro e América e compartilhado por outras equipes como Coritiba, Cuiabá, Botafogo, Fluminense, Fortaleza, Juventude e Vasco, alerta que as mudanças podem dificultar o crescimento do mercado esportivo brasileiro. "A aprovação desta alteração poderá impedir a criação do futuro maior mercado do planeta. E pior: afastar investimentos futuros com enormes impactos esportivos, sociais e econômicos", afirmam os dirigentes.

Segundo o comunicado, as alterações propostas podem afetar o modelo de gestão adotado por clubes-empresa. Os dirigentes temem que o aumento da carga tributária prejudique áreas essenciais para o desenvolvimento das equipes, como as categorias de base, melhorias em estádios e centros de treinamento, além de dificultar a contratação de jogadores e a atração de patrocinadores.

O impacto seria ainda mais negativo para clubes de menor porte, que dependem de investidores para crescer e alcançar o cenário esportivo nacional. A introdução da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) permitiu que as equipes se organizassem sob uma estrutura empresarial, e a mudança na tributação pode colocar em risco esse modelo, que tem atraído investimentos.

Em um cenário onde 95 clubes se transformaram ou nasceram como SAFs em menos de três anos, a proposta de manutenção da alíquota de 8,5% para essas entidades, como sugerido pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), é vista como um retrocesso. Atualmente, as SAFs recolhem 5% das receitas, o que é considerado mais favorável para a sustentabilidade financeira das equipes.

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