Cruzeiro repudia queda de veto da FMF e acusa 'comportamento parcial' da entidade

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
31/03/2017 às 14:41.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:57

O que era para ser um clássico sem grandes proporções para o Campeonato Mineiro, uma vez que o primeiro lugar da fase classificatória já está definido, se tornou um duelo acirrado nos bastidores. Cruzeiro e Atlético brigam. Com ofícios à FMF e notas oficiais. Desta vez, a diretoria celeste repudiou a decisão da Federação em ignorar o veto celeste para bandeiras e instrumentos musicais na torcida do Atlético, atacando diretamente o presidente da entidade, Castellar Modesto Guimarães Neto.

A Raposa, na reunião antecessora ao clássico, solicitou que a torcida visitante não entrasse com os equipamentos para a festa. O argumento é que os torcedores celestes não pode fazer o mesmo no clássico disputado no Independência. O Galo conseguiu, atráves da FMF, derrubar o veto, alegando que é direito do torcedor, via Estatuto, utilizar bandeiras e instrumentos e, ao contrário do Horto, o Mineirão não possui restrições de segurança que impedem a utilização destes artifícios para torcer.

As ações e reações não param. No mesmo dia que a FMF elaborou um comunicado oficial acolhendo a solicitação do Atlético, o Cruzeiro emitiu uma nota oficial através do site se mostrando "indignado" com a decisão. Além disso, relatou que observa a atitude da FMF como mais uma ação de comportamento parcial e que não defende os interesses do Raposa de forma igualitária. 

A nota ainda cita que dirigentes do Cruzeiro não obtiveram sucesso ao tentar entrar em contato com Castellar, determinando, inclusive, que o presidente da FMF e o próprio órgão serão responsáveis por qualquer incidente que possa ocorrer na partida. Os ataques celestes no âmbito da parcialidade se manifestam pelo fato público de que Castellar é conselheiro eleito do Atlético, fazendo parte inclusive da Comissão Permanente de Finanças e Orçamento do conselho deliberativo do clube mineiro. 

O Cruzeiro Esporte Clube recebeu nesta sexta-feira, com indignação, a decisão da Federação Mineira de Futebol de liberar a entrada de instrumentos musicais, bandeiras e faixas na torcida adversária no clássico deste sábado. Tal decisão é arbitrária e contraria as medidas tomadas durante a reunião realizada na sede da FMF, na última terça-feira, e que consta em ata.

A arbitrariedade é ainda mais grave por ver a entidade máxima do futebol mineiro, mais uma vez, se comportar de forma tão parcial, já que a mesma nunca defendeu igualmente os interesses do Cruzeiro Esporte Clube e da nossa torcida quando os clássicos são disputados no Estádio Independência.

Lamentamos profundamente, ainda, a postura do presidente da Federação Mineira de Futebol, Castellar Neto, que nos últimos dias não atendeu a nenhuma das ligações feitas pelos gestores da área do futebol cruzeirense.

Esperamos que um dia a Federação Mineira de Futebol volte a ser independente e imparcial, sem que seus dirigentes vistam a camisa de seu clube de coração, e que todos os seus filiados recebam o mesmo tratamento.

Qualquer incidente que ocorra no estádio, em função dos desmandos da Federação Mineira de Futebol, será atribuído exclusivamente ao Senhor Castellar Neto e à FMF."

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