Desde 2010, quando a torcida única ou a regra dos 10% passou a fazer parte dos jogos entre Atlético e Cruzeiro, o confronto tem um mandante. No futebol, é vantagem disputar as partidas importantes em casa. A história recente do maior clássico mineiro vem desmentindo essa tese, pois há quase dois anos, quem recebe o rival não consegue ganhar.
A última vitória de um mandante foram os 2 a 0 do Atlético sobre o Cruzeiro, em 12 de novembro de 2014, no confronto de ida da decisão da Copa do Brasil. Naquela noite, no Independência, os gols foram de Luan e Dátolo.
A “maldição dos mandantes” começou no jogo de volta da final. Em 26 de novembro de 2014, o Atlético voltou a vencer o Cruzeiro, por 1 a 0, gol de Tardelli, no Mineirão, e conquistou o título.
O maior personagem desta história é o técnico Marcelo Oliveira, que viveu os dois lados.
Nos quatro primeiros clássicos da escrita, ele comandava o Cruzeiro. E seu time perdeu duas decisões para o rival dentro do Mineirão, pois além da Copa do Brasil, os 2 a 1 aplicados pelo Atlético, de virada, em 19 de abril de 2015, decretaram a classificação do Galo para a final do Campeonato Mineiro, num jogo em que o Cruzeiro precisava apenas do empate.
PERSONAGEM
O último clássico, em 12 de junho deste ano, no Independência, valeu pelo turno do Campeonato Brasileiro. Marcelo Oliveira estava no banco alvinegro na terceira derrota consecutiva sofrida pelo Atlético para o rival no Horto.
Mano Menezes também faz parte desta história. E no único clássico disputado, pelo returno do Brasilei-rão do ano passado, seu time esteve muito próximo de encerrar com a “maldição do mandante”.
Em 13 de setembro de 2015, o Cruzeiro teve um pênalti a favor nos acréscimos do clássico que estava 1 a 1. Willian, que já tinha marcado um gol, fez a cobrança, mas Victor defendeu no canto direito e manteve a igualdade.
MOMENTO
Pela posição dos dois times na classificação do Campeonato Brasileiro, o empate é ruim para ambos no domingo. Por isso, a promessa é de um jogo aberto, com os dois times buscando os três pontos, que são fundamentais nas suas lutas em partes opostas da tabela.
Para o mandante Cruzeiro, vencer significa respirar na briga contra o rebaixamento. Para o visitante Atlético, ganhar no Mineirão será um passo importante na batalha pelo título brasileiro, que não conquista há 45 anos.