SÃO PAULO - Depois de uma investigação que durou mais de dois anos, a polícia italiana decretou, nesta quarte-feira (19) a prisão de Christian Parisot, diretor dos Archives Legales Amedeo Modigliani, e de Matteo Vignapiano, ambos acusados de falsificar e vender no mercado obras do artista italiano Amedeo Modigliani.
Parisot organizou a mostra dedicada ao artista que passou este ano pelo Masp, em São Paulo. Peça central da mostra, "Grande Figura Nua Deitada - Celine Howard" já teve sua autenticidade questionada quando foi exposta em Bonn, na Alemanha, antes de vir a São Paulo. Segundo peritos, há pigmentos no quadro que não eram usados pelo artista.
Parisot e Vignapiano são acusados de falsificar e receptar obras de Modigliani para depois vender no mercado como originais. A dupla, segundo a investigação policial, fraudava certificados de autenticidade das peças.
Na investigação que culminou na prisão domiciliar dos acusados, foram apreendidos na Itália e na Suíça 41 desenhos, 13 obras gráficas, quatro esculturas em bronze e uma pintura a óleo. Segundo a polícia italiana, os contraventores haviam faturado até 6,65 milhões de euros, cerca de R$ 18,4 milhões, com a venda de obras falsificadas.