Centenas de combatentes curdos saíram da Turquia e entraram na Síria para tentar defender uma região que está sendo atacada pelo Estado Islâmico, segundo informaram ativistas neste sábado. Os militantes do movimento extremista muçulmano estão atacando a área de Kobani há três dias, invadindo vilas e forçando dezenas de milhares de curdos sírios a fugir.
"Kobani está enfrentando o mais cruel e bárbaro ataque da sua história", diz Mohammed Saleh Muslim, diretor da União Democrática Curda, cujos membros dominam o grupo curdo sírio conhecido como YPK, que está tentando conter o avanço do Estado Islâmico. O Observatório Sírio de Direitos Humanos e o militar curdo Nawaf Khalil confirmam que centenas de curdos da Turquia estão chegando à região para participar do combate.
Enquanto isso, pelo menos 45 mil civis curdos fugiram dos combates na Síria, buscando refúgio na Turquia, segundo informou o vice-primeiro-ministro turco, Numan Kurtulmus. "Alguns estão ficando com parentes, outros serão alojados em escolas locais e prédios públicos, enquanto uma parte ficará em barracas", explicou.
Na sexta-feira, o presidente da região autônoma curda no Iraque, Masoud Barzani, alertou que o ataque do Estado Islâmico contra a região de Kobani "ameaça a integridade da nação curda e afronta a honra, dignidade e existência do nosso povo". Fonte: Dow Jones Newswires.
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