Briga antiga

'Da Fiemg, o que chegar vai para o lixo', diz Kalil sobre ação contra declarações na campanha

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
03/10/2022 às 18:36.
Atualizado em 03/10/2022 às 19:00
 (Reprodução Redes sociais)

(Reprodução Redes sociais)

Após uma campanha com declarações mais equilibradas, Alexandre Kalil (PSD) foi direto ao ponto ao responder um questionamento sobre ação judicial movida pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) contra declarações do ex-prefeito durante a disputa pelo governo estadual.

“Não chegou notificação. Da Fiemg, o que chegar vai para o lixo”, disse Kalil.

A ação movida contra Kalil foi anunciada nesta segunda-feira (3), durante entrevista coletiva convocada por Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, entidade que representa as indústrias de Minas Gerais. A ação judicial por difamação pede punições e retratação do ex-prefeito por afirmações que, na opinião de Roscoe, “trazem prejuízos à imagem dos empresários e industriais junto à população”.

Flávio Roscoe afirmou que Kalil deu declarações durante a campanha relacionando a Fiemg com doações feitas para a campanha de reeleição do governador Romeu Zema (Novo). O presidente da entidade negou que tenha havido esse tipo de doação.

"São acusações sem fundamento. Hoje, empresas não podem doar para campanhas políticas, muito menos entidades de classe como a Fiemg. Um ou outro empresário pode ter apoiado Zema, mas não a Fiemg. Nossas contas estão disponíveis para quem quiser conferir", disse.

Apesar de negar que a entidade tenha apoiado Zema, Roscoe se disse satisfeito com a reeleição do governador e afirmou que esperou o fim das eleições para responder às acusações de Kalil e, assim, evitar uso político da situação.

Antes mesmo do início do processo eleitoral, o ex-prefeito de BH já havia iniciado um atrito com a Fiemg. Durante um "confronto" com a Câmara dos Vereadores, Kalil chegou a afirmar que a presidente do Legislativo municipal, vereadora Nely Aquino (Podemos), "tinha uma sala na Fiemg" e conduzia uma sabotagem contra o então prefeito, que seria planejada no Palácio Tiradentes, sede do governo de Minas.

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