Dalai Lama denuncia censura e brutalidade na China

AFP
05/11/2012 às 10:52.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:53
 (TORU YAMANAKA/AFP)

(TORU YAMANAKA/AFP)

YOKOHAMA - O líder espiritual tibetano Dalai Lama denunciou nesta segunda-feira (5), no Japão, a censura e brutalidade que os governantes da China utilizam para calar as vozes discordantes e pediu aos futuros dirigentes do país que mudem seus métodos.

"A era Hu Jintao acabou. Xi Jinping vai ser o novo presidente. Acho que não há alternativa salvo se ocorrer uma mudança política", declarou o Prêmio Nobel da Paz em Yokohama, no terceiro dia de uma visita de doze dias ao Japão.

Reunido em congresso a partir de quinta-feira (8), em Pequim, o Partido Comunista chinês vai eleger um novo presidente para os próximos dez anos. Cargo que muito provavelmente será ocupado pelo atual vice-presidente, Xi Jinping.

"O futuro presidente não terá outra opção a não ser aceitar a mudança nos próximos anos", acrescentou o líder espiritual de 77 anos.

"Hu Jintao começou a construir uma sociedade harmoniosa e estável. Mas, para ter uma sociedade estável, é preciso reduzir o abismo entre ricos e pobres. E é necessária uma justiça independente, uma imprensa livre e o estado de direito", insistiu.

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