A corretora de moda e consultora de estilo Naida Chulu, 48 anos, sabe usar a moda a seu favor. Discreta e até um pouco tímida, ela dosa as tendências que ainda nem chegaram às vitrines com muito bom senso e elegância. “Sou clássica, mas gosto de usar praticamente tudo. A moda passa e o estilo fica”, brinca parafraseando a mestre Coco Chanel. De namoro com a nova pantacourt, uma espécie de pantalona mais curta, Naida misturou a peça na cor branca com blusa cropped marinho (que não deixa a barriga de fora). Para complementar o look, escolheu um lindo chapéu para posar para o Bela. “Adoro chapéus. Tenho uns 40 modelos e uma caixa redonda onde guardo todos eles. Viajo e por onde passo compro um. Já trouxe modelos de Miami, Orlando, Argentina e Cozumel”. O ensaio fotográfico de Naida seguiu em clima resort no showroom da marca Anne Fernandes, que tem a coleção verão 2015 inspirada no estilo navy e pontuada por tons de marinho, branco, cáqui e muito jeans. “Na minha profissão, tenho que estar antenada em novidades. Antecipar tendências, conhecer tecidos, saber misturar cores e, principalmente, ter informações sobre os lojistas”. Com uma carteira recheada de clientes de vários cantos do país: São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Rio de Janeiro e interior de Minas, Naida diz que o grande desafio de sua profissão, principalmente em tempos bicudos como os de agora, tem sido orientar o cliente para fazer compras inteligentes. TINO PARA NEGÓCIOS “O importante é o cliente retornar. Esse é o nosso termômetro de sucesso”, acrescenta Naida, que tem formação em administração de empresas e soma quase 20 anos de estrada como corretora de moda. O tino para negócios e o bom gosto na escolha de roupas sempre marcaram a trajetória de Naida, que herdou o sobrenome Chulu do avô sírio Mustafá Hamed. Ainda adolescente e morando em Teófilo Otoni, revendia roupas. “Paguei faculdade comercializando roupa. Depois vendi duas vacas e apliquei o dinheiro na montagem de uma loja”, conta se referindo à sociedade com a irmã Nágila. Também se associou à irmã Naivone na abertura de boutique em Teófilo Otoni. “A experiência de ter loja é gostosa, mas muito cansativa”, considera Naida que desfez a sociedade com as irmãs há muitos anos. Hoje ela se sente mais à vontade nos bastidores, visitando showroom seja com jeans despojado, camisa e anabela, seja clássica com calça de alfaiataria e um lindo blazer. Tanto faz!