Ao final do segundo dia de julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", o advogado Fernando Magalhães afirmou que nenhuma das testemunhas apontou seu cliente como culpado pela morte de Eliza Samudio e ressaltou algumas contradições nos depoimentos colhidos nesta terça-feira (23) no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Segundo Magalhães, o presidiário Jailson Alves de Oliveira teria dito anteriormente que conhecera "Bola" em uma cela da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem. Entretanto, hoje o detento teria dito que conheceu o ex-policial civil nos corredores do presídio e que soube dos crimes dos quais Marcos Aparecido é acusado pela televisão. Já sobre o depoimento do deputado estadual Durval Ângelo, o defensor ressaltou que parlamentar ajudou a esclarecer as denúncias de envolvimento de "Bola" em um duplo homicídio ocorrido em sua propriedade, no município de Vespasiano, em maio de 2008. "Durval esclareceu que não teve participação de Marcos Aparecido no homicídio dos dois homens. Ele não deveria nem ter sido indiciado", disse. Em relação à estratégia da defesa para esta quarta-feira (24), o advogado adiantou que a linha será mantida e o objetivo será mostrar aos jurados que o relatório final da Polícia Civil sobre o assassinato de Eliza Samudio foi falseado e acrescentou que apesar de ser acusado de muitos crimes, "Bola" nunca foi condenado por nenhum deles. Magalhães disse ainda que não reconhece a morte da ex-modelo e que, por este motivo, o réu não vai confessar nada e também não vai apontar nenhum outro suposto envolvido no crime. "Estamos convictos de que ele não matou Eliza. E o Bruno também não disse isso em seu depoimento. Ele falou apenas o que o 'Macarrão' contou pra ele e o 'Macarrão' não disse isso em seu depoimento", conclui.