(ONU/Pnuma)
O déficit da Seguridade Social - que engloba as áreas de Saúde, Previdência e Assistência Social - chegou a R$ 292,4 bilhões em 2017, o pior resultado da história, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 8, pelo Ministério do Planejamento. O rombo representou 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado e foi 13% superior (em valores nominais) ao saldo negativo de R$ 258,7 bilhões de 2016.
No ano passado, as receitas da Seguridade Social totalizaram R$ 657,9 bilhões, enquanto as despesas somaram R$ 950,3 bilhões. Somente os gastos com aposentadorias, seguro-desemprego, abono e outros benefícios somaram R$ 797,8 bilhões em 2017.
"Estamos partindo de um déficit que já era de R$ 90,1 bilhões em 2013 para quase R$ 300 bilhões no ano passado. Apesar do aumento das receitas da Seguridade nesses anos, o que tem pesado mais nesse resultado são as despesas com os benefícios da Previdência", afirmou o secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, George Soares.
De 2015 para 2016, o déficit da Seguridade Social havia saltado quase 55%. O salto de 2016 para 2017 foi menor, de acordo com o Soares, devido à retomada da atividade econômica no ano passado. Com a melhora no nível de emprego, aumentou também a arrecadação previdenciária.
Depois de quatro anos de queda, as receitas da Seguridade Social cresceram em porcentual do PIB no ano passado, de 9,8% para 9,9%. Pelo mesmo critério, as despesas tiveram alta pelo sexto ano seguido, passando de 13,9% para 14,4% do PIB.