Um delegado da Polícia Civil se entregou no final da manhã desta segunda-feira (27) à Corregedoria-Geral em Belo Horizonte. Existia um mandado de prisão preventiva em aberto, parte de uma operação realizada na última quinta-feira em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Ele foi encaminhado à Casa do Policial Civil, local onde são presos os policiais ativos e inativos da corporação.
Durante a operação, cinco pessoas foram presas e três tiveram os mandados mantidos em aberto, entre eles o delegado que se entregou nesta segunda. Eles são investigados por crimes de extorsão, corrupção passiva, corrupção ativa, concussão, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa, envolvendo, entre outros agentes, policiais civis.
A ação é consequência de provas colhidas durante as operações Catira e Fideliza, deflagradas em novembro de 2015, também em Uberlândia, com o objetivo de investigar duas organizações criminosas envolvidas com os crimes de roubo e desvio de cargas e caminhões, além de roubo, compra, venda e receptação de veículos.
A operação contou com a participação de quatro promotores de Justiça, cinco delegados e 29 investigadores da Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais.
Em nota, a Polícia Civil explicou que a investigação "pura eventual envolvimento de policiais civis com os crimes de corrupção e concussão, relacionados a integrantes de grupo de roubo de cargas na região do Triângulo Mineiro".
O texto segue e completa, afirmando que as "investigações agora prosseguem também para apurar lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. Caso fique comprovado o envolvimento dos policiais nos atos ilícitos, serão adotadas medidas disciplinares que poderão resultar até em demissão dos mesmos".
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