O delegado José Pedro Costa da Silva, da 21ª DP (Bonsucesso), disse na tarde desta quarta-feira (3) que vai pedir a prisão preventiva do estudante de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Rodrigo dos Santos Freire, de 25 anos, e do motorista André Luiz da Silva Oliveira, de 33, que dirigia o ônibus da linha 328, que despencou de um viaduto, na zona norte. Sete pessoas morreram no acidente.
Os dois serão indiciados por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Duas testemunhas do acidente reconheceram Freire como o passageiro que pulou a roleta do ônibus, discutiu e agrediu com chutes o motorista. As testemunhas foram identificadas como o cozinheiro Marcelo e o técnico de informática Nelson. Os dois desceram do ônibus um ponto antes da queda.
Rodrigo foi reconhecido por foto na delegacia e depois pessoalmente no Hospital Municipal Miguel Couto, na zona sul do Rio, onde permanece internado. Em depoimento, Rodrigo disse que não se recorda do que aconteceu, sequer de ter entrado no ônibus. Segundo ele, sua última lembrança foi o momento em que saiu de casa, no bairro da Cacuia, na Ilha do Governador, para ir para a aula na UFRJ, na Ilha do Fundão.
Ônibus cai de viaduto na Avenida Brasil, no Rio, mata sete e interrompe trânsito - (Foto: Bruno de Lima/Frame/Estadão Conteúdo)
O depoimento do rapaz, que segundo o delegado estava bastante emocionado, foi acompanhado da mãe e da irmã. Ele disse que só ficou sabendo do acidente e das sete pessoas mortas pela imprensa, já que há uma televisão na enfermaria onde está internado. "Após as provas testemunhais, não há dúvidas de que Rodrigo foi o agressor do motorista. E o condutor, ao dirigir em alta velocidade, discutir com o passageiro, a ponto de ser agredido, também contribuiu para o acidente. Por isso, serão indiciados por homicídio doloso".
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