Demanda por diarista cai pela metade em BH, aponta pesquisa

Rafaela Matias
rsantos@hojeemdia.com.br
30/07/2018 às 21:05.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:40
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

A crise econômica que assola o país não poupou o mercado de limpeza doméstica. Pesquisa realizada pelo site MercadoMineiro, que consultou 35 profissionais e agências entre 26 e 27 de julho, indica que os trabalhadores diaristas foram afetados, com a demanda por serviços caindo pela metade no último ano. 

“Quem trabalhava duas vezes na semana, para o mesmo cliente, começou a trabalhar uma vez. E quem prestava serviço uma vez na semana, passou a trabalhar de 15 em 15 dias”, afirma Feliciano Abreu, coordenador do estudo. 

De acordo com a pesquisa, a baixa na solicitação dos serviços foi responsável por uma pequena redução nos preços, de 0,07%. Em 2017, o valor médio cobrado na cidade era de R$ 134,38, passando para R$ 134,29 em 2018. A variação encontrada foi de 80%, sendo que a mais barata é de R$ 100, e a mais cara R$ 180.

Maria de Fátima Campos, professora aposentada, quase precisou reduzir a frequência com que contratava uma profissional de limpeza. Ela recorreu à internet para pesquisar formas de economizar. “Optei por contratar direto de uma agência de diaristas, pois achei o preço mais em conta do que a negociação direta, além de o serviço ser mais completo”, conta. 

Proprietário da agência Uai Diaristas, Matheus Modesto destaca também que as vantagens de contratar por meio de uma empresa especializada incluem a segurança do empregador. 

“O processo de seleção é rigoroso e verificamos atestado de antecedentes e referências trabalhistas. Os profissionais passam por um treinamento de comportamento e conduta para atender nossos clientes”, afirma. 

Em casos de contratação direta, Mario Avelino, presidente do portal Doméstica Legal e do Instituto Doméstica Legal, que disponibiliza gratuitamente em seu site orientações para empregadores e empregados domésticos, ressalta que é preciso estar atento para não infringir a lei e evitar processos trabalhistas. 

“Para ser considerado um diarista, o profissional da limpeza não pode ir mais que duas vezes na semana. Além disso, o pagamento deve ser feito no mesmo dia da faxina. Se for feito por mês, configura vínculo empregatício”, explica. 

Segundo ele, cerca de 2 milhões de pessoas trabalham atualmente como diaristas no país, sendo 95% mulheres. 
 

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