As causas do grave acidente com o ônibus da linha 305 ainda serão apuradas pela Polícia Civil, que abriu um inquérito. Mas, antes do fim das investigações, denúncias apontam possíveis falhas mecânicas no veículo.
Uma das acusações foi feita por um usuário da linha que trabalha na área de fiscalização de automóveis. Em um relatório, que teria sido enviado à BHTrans, ele alega que o sistema de freio da porta dianteira não estaria funcionando, minutos antes do acidente. “Isso por si só já mostra um descaso com a segurança. O dispositivo faz o ônibus parar quando as portas estão abertas. Logo, na hipótese de perda do freio, o motorista poderia abrir as portas para o ônibus parar”, diz. Além disso, moradores que participaram do resgate disseram que alguns passageiros relataram a perda do freio convencional. Segundo os usuários, o próprio motorista teria avisado as pessoas.
A BHTrans não confirma o recebimento do documento, mas explica, em nota, que “é obrigação do consórcio manter os veículos em condições adequadas de operação”. O veículo só pode rodar se houver garantias de segurança e conforto.
Uma vistoria foi feita no coletivo no fim de outubro do ano passado, e outra estava marcada para maio. O Sindicato dos Rodoviários de Belo Horizonte reclama da sobrecarga de trabalho. Conforme a classe, os condutores têm tentado suprir os atrasos com excesso de velocidade.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH) declarou que não vê relação entre a falta de cobradores e a tragédia. O órgão irá se manifestar após a conclusão da perícia técnica. A TransOeste, empresa responsável pela linha, não quis se pronunciar.
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