Audiência de custódia será realizada nesta quinta
(Reprodução/Instagram)
A advogada e blogueira Deolane Bezerra, e a mãe dela, Solange Alves, ambas presas durante a operação Integration, em combate a uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais, passaram a noite em uma cela privada da Colônia Penal Feminina do Recife, em Pernambuco.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (SEAP/PE), a decisão foi tomada por se tratar de um caso de repercussão. “A unidade prisional tomou as medidas cabíveis de segurança a fim de resguardar a integridade física da pessoa privada de liberdade, mantendo-a em cela reservada”, detalhou a SEAP em nota.
Em uma carta publicada nas redes sociais, a influencer, que quase 21 milhões de seguidores, disse que está passando por uma grande injustiça. "Hoje não teve boa tarde Brasil! Mas estou passando aqui para tranquilizar e afirmar mais uma vez que estou sofrendo uma grande" , dizia a carta manuscrita.
(Reprodução/Instagram)
Ainda hoje, a influenciadora e a mãe dela, Solange Alves, devem receber a visita de duas irmãs de Deolane, Dayanne e Daniele Bezerra. As irmãs tentaram visitá-las na quarta, mas foram impedidas de entrar porque estavam fora do horário de visita. Deolane e a mãe terão a audiência de custódia nesta quinta, onde um juiz vai analisar a legalidade das prisões.
A influenciadora teve um pedido de habeas corpus negado. Mas a defesa dela já entrou com outro pedido na 4ª Câmara Criminal e, por isso, o juiz repassou a decisão.
A reportagem solicitou nota para a assessoria de imprensa das envolvidas e aguarda retorno.
De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, a ação é parte da operação deflagrada com apoio de diversas forças de segurança no país, que visa o combate a uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A equipe da Delegacia Regional em Itajubá cumpriu o mandado de busca e apreensão de um helicóptero EC 130 T2.
As investigações contaram com a colaboração da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência (Diopi) da PCPE, da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senasp) e das polícias civis dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás. Ao todo, aproximadamente 170 policiais estão envolvidos na operação.
Dentre os alvos da operação estão influenciadores digitais e empresários, que podem estar envolvidos com o crime organizado. O cantor Gusttavo Lima também foi alvo da operação.