Depois de ataques a prédios e ônibus em cidades catarinenses, secretaria contabiliza 36 detidos

Thais Leitão - Agência Brasil
14/11/2012 às 12:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:17
 (Guto Kuerten/ Estadão Conteúdo)

(Guto Kuerten/ Estadão Conteúdo)

Brasília - Trinta e seis pessoas foram detidas desde o fim da tarde de ontem (13) por suspeita de envolvimento nos ataques registrados em cidades de Santa Catarina, segundo balanço preliminar divulgado nesta quarta-feira (14) pela Secretaria de Segurança Pública do estado. Do total, 21 foram presas em flagrante por estarem com material capaz de provocar incêndios, como estopa e galões de gasolina. Entre os detidos, 15 eram menores.

Os ataques começaram na noite de segunda-feira (12) na Grande Florianópolis e em Blumenau. Ônibus foram incendiados e delegacias e presídios foram alvos de disparos.

Para enfrentar a onda de violência, a Secretaria de Segurança Pública anunciou ontem (13) uma ação conjunta de unidades especiais das polícias Militar e Civil, com reforço no patrulhamento de áreas consideras críticas. A Diretoria Estadual de Investigações Criminais também está mobilizada para apurar as causas dos ataques e a Polícia Civil instaurou inquérito para verificar se há alguma relação entre eles.

Ao comentar, durante entrevista coletiva na tarde de ontem, a participação de uma suposta facção criminosa que teria ordenado os ataques, o secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, César Augusto Grubba, disse que todas as hipóteses estão sendo investigadas e que não descarta nenhuma linha de investigação.

Grubba descartou a necessidade de solicitar auxílio ao governo federal, mas informou que as autoridades estaduais têm trocado informações, por meio de uma rede integrada de inteligência policial, com representantes do Ministério Público, do Poder Judiciário, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal e do Exército.

A Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina investiga ainda se os atentados representam um “processo de imitação” incentivado pela onda de criminalidade em outros estados. Em São Paulo, também foram registrados ataques que incluíram ônibus incendiados. Para conter a onda de violência, o governo paulista e o Ministério da Justiça criaram uma agência integrada de inteligência, com o objetivo de unir os serviços de informação estadual e federal e orientar a ação de combate ao crime por parte da polícia.

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