O deputado Guilherme da Cunha (Novo), um dos líderes do governo Zema na tramitação do projeto de reajuste dos servidores, disse em entrevista concedida à imprensa nesta terça-feira (12) que “o governo está sendo sabotado pela votação desta Assembleia”.

A alegação foi feita logo após a sessão plenária da Assembleia Legislativa (ALMG), realizada na manhã desta terça, que terminou com a derrubada dos vetos do governador e um aumento para os servidores maior do que o valor que Romeu Zema (Novo) pretendia pagar.

Durante todo o processo de negociação do projeto na Assembleia, o governo defendeu que o máximo que poderia ser dado de reajuste aos servidores era de 10,06%, referente à inflação calculada pelo IPCA.

Contudo, os deputados entenderam que era necessário dar reajustes maiores para compensar perdas de anos anteriores. Além disso, parlamentares argumentaram que, no caso da educação, era necessário garantir o cumprimento do piso salarial constitucional, e, no caso da segurança pública, garantir cumprimento de um acordo firmado entre o governador Romeu Zema e os trabalhadores, em 2019.

Na opinião de Guilherme da Cunha, que se tornou um porta-voz do governo neste processo, os parlamentares sabem que é impossível dar reajustes maiores e declarou que aqueles que "votaram a favor da derrubada dos vetos insistem em iludir o servidor e, aparentemente, topam fazer pois estão em busca apenas do voto do servidor”, afirmou.

A votação desta terça-feira pôs fim a uma disputa entre o governador e ALMG, que começou no dia 11 de março. A derrota do governo foi selada pelo placar de 55 a favor da derrubada dos vetos e apenas 3 votos favoráveis a Zema.