Por 10 votos a 9, o Senado Federal rejeitou, nesta terça-feira, a proposta de Reforma Trabalhista, na Comissão de Assuntos Sociais. A rejeição do parecer do relator, Ricardo Ferraço (PSDB-ES) é a primeira derrota da base governista em relação à proposta que pretende mudar mais de 100 pontos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) até o momento. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), confessou que ficou surpreso com e que esperava aprovação por 11 a 9.Agora, o texto segue para a terceira e última comissão, de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), cujo relator é Jucá, que fez questão de enfatizar que a palavra final é do Plenário. A expectativa é que o texto chegue ao Plenário no próximo dia 28.
Vista grossa
Com a derrota da proposta de Reforma Trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, o que mais se ouviu pelos corredores do Planalto foi de um possível racha na base aliada do governo. A especulação também foi assunto nas redes sociais. Enquanto isso, logo após a votação, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles postou no Twitter que o País dá sinais de recuperação da economia e do emprego, numa clara tentativa de minimizar o fato de que a rejeição da proposta pode acabar com a agenda de reformas do governo.
Eleição direta
Parlamentares de oposição ao governo na Câmara conseguiram dar andamento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) à tramitação da PEC que propõe eleição direta em caso de vacância da presidência da República. A base aliada do governo vinha tentado obstruir a análise da PEC, mas bastou um vacilo nesta terça-feira para a oposição concluir a leitura do relatório de admissibilidade do texto. Apesar de pedido de vista conjunto na sessão desta terça-feira, a PEC poderá ser votada já na próxima semana, em duas sessões Plenárias.
Oportunidade
Para quem está interessado em adquirir um imóvel no DF, o momento pode ser oportuno. No próximo dia 30, a Agência de Desenvolvimento de Brasília (Terracap) vai lançar um edital retomando, depois de 10 anos, a venda direta de terrenos em condomínios. Imóveis em condomínio no Lago Sul podem ser adquiridos até R$174,8 mil. A venda direta poderá trazer um reforço importante para o caixa do governo. A estimativa do GDF é que cerca de 10% dos ocupantes pagarão os valores à vista para usufruir do desconto, o que pode representar cerca de R$ 112 milhões, caso a previsão se concretize.
De mal a pior
Servidores da rede pública denunciaram que hospitais do Distrito Federal continuam usando produtos proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para limpeza de materiais, prevenção de infecções hospitalares e até na pele de pacientes em procedimentos médicos e preparação cirúrgica. De acordo com a denúncia, ao todo, cerca de 30 produtos foram proibidos pela Anvisa, no último dia 2 de maio, por oferecerem “alto risco à saúde”, mas pelo menos 6 deles ainda fazem parte da lista de materiais dos hospitais de Brasília. A Secretaria de Saúde do DF disse que mandou um comunicado aos hospitais públicos e privados ao perceber que os produtos ainda estavam sendo usados.