Em todo país, mais de 272 mil tentativas de fraude aconteceram em março, revela Serasa Experian (PF / Divulgação)
Despachantes suspeitos de recrutar pessoas portadoras de deficiência para requerer benefícios previdenciários e fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Santana do Paraíso, no Vale do Rio Doce, foram alvos de uma operação da Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (9). O prejuízo sofrido pela União com o esquema foi de mais de R$ 5 milhões.
Os suspeitos atuavam em parceria com um grupo que aplicava golpes contra o INSS. De acordo com a PF, os benefícios eram embasados em laudos de incapacidade mental concedidos por médicos psiquiatras, com o objetivo de induzir a erro os médicos peritos do instituto.
“Em algumas fraudes, pode-se identificar que essas pessoas continuavam a trabalhar e a viver sem restrições, mesmo após a concessão dos benefícios previdenciários indevidos”, informou a corporação.
O trabalho de investigação, feito a partir da identificação dos benefícios fraudados, possibilitou a identificação de outros integrantes do grupo. Os envolvidos podem ser autuados por estelionato qualificado e organização criminosa, cujas penas de reclusão podem chegar a 14 anos.
A força tarefa contou com agentes da PF e da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT).