Despoluição das águas da Pampulha para aumento do turismo

Hoje em Dia
17/05/2013 às 06:10.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:45

Há 70 anos, completados na quinta-feira (16), o prefeito Juscelino Kubitschek inaugurou o complexo arquitetônico e paisagístico da Pampulha, obra monumental de Oscar Niemeyer e Burle Marx, erigida na orla da lagoa formada pela barragem construída pelo prefeito anterior, Otacílio Negrão de Lima. Este tinha por objetivo levar água aos 200 mil moradores de Belo Horizonte. A água serviu para essa finalidade até 1978, quando a captação foi suspensa pela Copasa por causa do nível alto de poluição por esgotos.

Ao assumir a prefeitura em 1940, nomeado pelo interventor Benedito Valadares, JK percebeu que, além de valiosa fonte de água, a Pampulha poderia se transformar em atração turística numa cidade que, até então, praticamente só atraía doentes do pulmão em busca de cura. Não se pode dizer que JK teve êxito. O turismo nunca foi o forte da cidade, embora a Pampulha – com a Igrejinha, o Cassino, hoje Museu de Arte, e a Casa de Baile – tenha se tornado seu principal cartão-postal. É possível que esse insucesso tenha sido a maior causa do abandono a que foi relegado o projeto grandioso de JK, por tantas administrações municipais.

Com a realização na cidade de jogos da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, ressurge a esperança, na prefeitura, de atrair turistas. Por isso, o prefeito Marcio Lacerda lançou, quinta, um programa de investimentos na Pampulha e prometeu empenho para que a Unesco, órgão cultural das Nações Unidas, se convença de que esse conjunto artístico, arquitetônico e urbanístico deva ser reconhecido como Patrimônio da Humanidade, atraindo turistas. Para que isso ocorra, o mais importante – e também o mais difícil – é devolver à lagoa o aspecto saudável que ostentava nos tempos de JK como prefeito e governador.

Para isso, Lacerda tem como forte aliada a Copasa, controlada pelo governo de Minas, que tem a concessão de água e esgoto em Belo Horizonte e Contagem.

A empresa está investindo para que, até dezembro deste ano, 95% da população residente na região da bacia hidrográfica da Pampulha já possam contar com redes de interceptação de esgoto nas margens de todos os córregos e ribeirões cujas águas deságuam na lagoa.  

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