(Bruno Haddad/Cruzeiro)
Sérgio Santos Rodrigues vive seu pior momento nos seus 500 dias como presidente do Cruzeiro.
A greve iniciada nessa quinta-feira (13) por jogadores do time principal, atletas de base e funcionários do clube escancarou a pressão que o dirigente atravessa de praticamente todos os núcleos que envolvem a instituição.
Além da insatisfação dos jogadores com os recorrentes atrasos salariais, Santos Rodrigues tem os demais colaboradores, que trabalham desde as Tocas I e II, departamento de base e administrativo, aderindo em sua maioria ao protesto.
Das arquibancadas, as cobranças que já eram fortes em razão do mal desempenho do time em campo, se intensificaram com os torcedores respaldando o movimento de greve.
Já o Conselho Deliberativo da Raposa, por meio de seu presidente Nagib Simões, ainda não se posicionou pró ou contra a paralisação, nem mesmo sobre as críticas a Sérgio Rodrigues.
Patrocinador
Outra aresta que precisa ser aparada urgentemente por Sérgio Santos Rodrigues para viabilizar sua permanência no cargo é o afastamento de Pedro Lourenço, principal patrocinador e parceiro do clube.
Responsável por “socorrer” a diretoria com recursos para quitar salários e demais dívidas, Lourenço fez duras críticas à gestão de Sérgio recentemente, exigindo mudanças no departamento de futebol.
Em demonstração de que deseja que o atual presidente não seja preponderante na gestão do departamento de futebol, Pedro se reuniu com o técnico Vanderlei Luxemburgo há onze dias - sem a presença de Santos Rodrigues - para tratar sobre o planejamento da próxima temporada.
“Vou falar amanhã”
Mais de 24 horas depois da confirmação da paralisação dos jogadores, o presidente do Cruzeiro desembarcou na tarde dessa quinta-feira no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, retornando de uma viagem a Portugal, onde ministrou uma palestra sobre gestão do futebol.
Certo é, que independentemente do tom deu seu posicionamento, Sérgio precisará de mais do que bons argumentos para justificar a crise. Para continuar à frente do clube estrelado até o final de seu mandato, em 2023, terá de apresentar soluções para um dos momentos mais tristes da centenária história do Cruzeiro.