Dia do Cerrado

Essa segunda-feira foi dia de homenagear o cerrado, o segundo maior bioma brasileiro - e também o mais degradado. Originalmente, o ecossistema que ultrapassava os 2 milhões de quilômetros quadrados, ou cerca de um quinto do território nacional, já perdeu cerca de 60% de sua cobertura, especialmente nas últimas décadas, devido ao avanço da agricultura. Segundo monitoramento do Ministério do Meio Ambiente, entre 2013 e 2015 foram 18.962,45 km² de devastação. A conta desse descontrole é a perda da biodiversidade, seca extrema e escassez de água.
 
Lula e Moro
O juiz federal Sérgio Moro volta a interrogar Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira. Apesar das graves denúncias feitas pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que acusou o ex-presidente de receber um pacote de propinas, especialistas consideram mínimas as chances de que o petista tenha sua prisão preventiva decretada por Moro.
 
Pacto de sangue
Em seu depoimento a Sérgio Moro, na semana passada, Palocci fez uma série de confissões detalhando o que chamou de “pacto de sangue” entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Emílio Odebrecht. As revelações foram feitas na ação penal em que o ex-ministro é acusado de operar repasses de propina da Odebrecht para a compra de um prédio para o Instituto Lula e para a aquisição de um apartamento usado pelo ex-presidente. Palocci não só se incriminou e assumiu todos os crimes de que é acusado no processo, como também confirmou a participação de Lula nas negociatas.
 
Cautela
Em entrevista ao jornal espanhol El País, o escritor Frei Betto, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e ex-assessor especial do governo Lula, confirmou as acusações do ex-ministro Antônio Palocci contra Lula na Operação Lava Jato, mas defendeu que sejam investigadas “com cautela”. O petista, que conviveu com Palocci de 2003 a 2006, quando este era ministro da Fazenda no governo Lula, disse na entrevista que apesar de os fatos narrados pelo ex-ministro ao Ministério Público serem muito graves e comprometerem a credibilidade de Lula, foram motivados pela ânsia de minorar sua reclusão carcerária. Ele defende a expulsão sumária de Palocci do PT e cobra “autocrítica” da sigla se forem comprovadas “falcatruas” de militantes.