Dilma Rousseff quer cinco pactos nacionais para acalmar a voz das ruas

Hoje em Dia
25/06/2013 às 06:30.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:26

Antes de viajar para Brasília, onde participou de reunião com a presidente Dilma Rousseff, o governador Geraldo Alckmin, do PSDB, anunciou na manhã de segunda-feira (24) o cancelamento do reajuste do valor do pedágio previsto para julho em mais de 6%. Garantiu que não se trata de medida populista, e sim o resultado de estudo iniciado há mais de dois anos, que mostrou ser possível melhorar as concessões, ter ganhos de eficiência, incentivar a cobrança eletrônica e cobrar pelo número de eixos dos caminhões.

Pode ser proveitosa uma conversa do governador Antonio Anastasia, também presente em Brasília, com seu colega paulista, sobre esse estudo. Como se sabe, há 12 dias, o pedágio na MG-050 foi reajustado em 7,31%, apesar das reclamações dos usuários sobre a situação das pistas na maior parte da rodovia privatizada em 2007. A tarifa mais barata custa agora R$ 4,40. A decisão do governo de São Paulo indica a possibilidade de adoção de medidas, em todos os níveis de governo, para melhorar a vida dos brasileiros.

A presidente da República conversou durante duas horas, no Palácio do Planalto, com integrantes do Movimento Passe Livre, antes de se reunir com governadores e prefeitos das capitais. Esta reunião foi aberta com um discurso transmitido ao vivo, no qual afirmou que vai apoiar um plebiscito para criar uma Constituinte exclusiva para fazer a reforma política. E propôs cinco pactos para o país, sobre essas questões: responsabilidade fiscal e controle da inflação; reforma política; saúde; transporte público; e educação.

São temas importantes, mas raras vezes na história brasileira um governo conseguiu reunir todos em torno de um pacto. Mas pelo menos a reforma política tem chances de ocorrer, se os políticos ouvirem com atenção a voz das ruas. Antes de viajar a Brasília, Geraldo Alckmin disse em entrevista, no Palácio Bandeirantes: “Quero reiterar a necessidade da reforma política. Acho que muito do que estamos vendo é uma falência, um esgotamento do modelo político brasileiro.”

E o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, do PSB, se antecipou a Dilma, defendendo em Brasília a convocação da Assembleia Constituinte para fazer essa reforma. Mas ele defendeu também “tolerância zero” da polícia, na quarta-feira (26) em Belo Horizonte, quando a seleção brasileira joga no Mineirão pela Copa das Confederações. O prefeito quer mais prisões, e estimou em 500 o número dos que se manifestam de forma violenta na cidade. 

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