Dilma Rousseff: uso racional da água trará vantagens ao Brasil

Ricardo Della Coletta e Rafael Moraes Moura
16/12/2013 às 15:00.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:50
 (Roberto Stuckert Filho)

(Roberto Stuckert Filho)

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (16), que o uso racional da água trará vantagens competitivas ao Brasil. "Se soubermos usar e economizar (a água), vamos usufruir de uma vantagem competitiva enorme em relação aos demais países", disse Dilma, durante cerimônia, no Palácio do Planalto, de entrega do Prêmio Jovem Cientista, cuja edição deste ano tem como tema "Água: desafios da sociedade".

"Nós sabemos que temos que usar a água com parcimônia, cuidado e eficiência. Temos que aprender a preservá-la, criar formas corretas de uso", afirmou a presidente, que lembrou em seu pronunciamento que o Brasil é conhecido por ser um país com matriz energética renovável, baseada no uso da água para a produção de eletricidade.

Em seu pronunciamento, a presidente argumentou ainda que, embora o Brasil tenha as maiores reservas de água doce do mundo, o recurso é distribuído de forma desigual entre as regiões do País. "Isso explica porque o Nordeste está atravessando a pior seca dos últimos 50 anos", afirmou a presidente, que disse ainda que o governo lançou o Plano Safra para o Semiárido, voltado para a região. "Temos que conviver com a seca, não há como combatê-la", pontuou a presidente. "Isso significa construir os mecanismos pelos quais nós podemos superá-la. Isso significa eficiência e uso produtivo (da água), o uso seguro dos recursos hídricos", disse.

Dilma afirmou ainda que um país que se pretende competitivo deve investir em inovação "para melhorar a vida do povo". "Por isso é muito bom ver as novas gerações produzirem conhecimento. São decisivos para a continuidade do desenvolvimento com inclusão social, que todos queremos para o Brasil", resumiu.

Ações

A presidente listou ainda ações de seu governo na área de ensino, ciência e tecnologia. Dentre os pontos, ela citou a "maior expansão da rede federal da educação superior e tecnológica da nossa história, orientada para a interiorização e para a descentralização (do ensino superior)".

"Democratizamos e ampliamos o acesso dos jovens à universidade, com o ProUni e o Fies", afirmou a presidente, que classificou também o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como a "forma mais justa e meritocrática de acesso ao ensino superior". A presidente Dilma também abordou o programa Ciência sem Fronteiras, que concede bolsas de estudo no exterior para alunos brasileiros.

Por último, Dilma classificou de "histórica" a destinação de 75% dos royalties do petróleo para a educação, conforme lei aprovada neste ano pelo Congresso Nacional. "Mais acesso à educação de qualidade é o único caminho para um Brasil cada vez mais desenvolvido", concluiu.

Dilma participou nesta manhã da cerimônia de entrega da 27ª edição do Prêmio Jovem Cientista. De iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com Fundação Roberto Marinho, Gerdau e GE, o Jovem Cientista concede neste ano mais de R$ 700 mil em prêmios a estudantes, pesquisadores e instituições, além de bolsas de estudo do CNPq.
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