Diogo Silva diz que “volta para o buraco” e põe 2016 em dúvida

Gazeta Press
09/08/2012 às 21:25.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:20
 (AFP PHOTO / TOSHIFUMI KITAMURA)

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Fora do pódio olímpico ao perder o bronze para o americano Terrence Jennings no Taekwondo, o brasileiro Diogo Silva tentou justificar a derrota, alegando que o País não tem representatividade suficiente para reivindicar uma revisão na pontuação de seu adversário. Além disso, o lutador lamentou as condições do esporte, dizendo que agora “volta para seu buraco” e não sabe se participa dos Jogos em 2016.

“O chute na cabeça saiu com o cronômetro zerado e os pontos são dados apenas depois do primeiro e do segundo assalto, mas quando termina o terceiro significa que terminou a luta, isso é regra mundial. Participamos de todas as competições assim”, lamentou o brasileiro, antes de ir às lágrimas: “Acabando a luta com o iraniano eu tive hipoglicemia e cãibra generalizada, mas só queria lutar, não queria que o árbitro tomasse essa decisão”.

A reclamação de Diogo é a respeito de três pontos marcados por Jennings em virtude de um chute na cabeça após o marcador ser zerado. Após o empate ser mantido em todos os assaltos, o pedido de revisão do brasileiro foi negado e o americano ficou com a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres.

“A única coisa que queremos é que deixe os caras livres para lutarem. Eu saio daqui como um dos melhores do mundo. Não perdi nenhuma luta, mas saí sem medalha. Não é o rendimento que conta, são vírgulas que fazem a diferença, pontuou o brasileiro, que também ficou em quarto lugar nas Olimpíadas de 2004, em Atenas, e não participou da de Pequim, há quatro anos.

Por fim, Diogo Silva fez um protesto contra a falta de investimento do Brasil no Taekwondo, colocando sua participação nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em dúvida: “Preciso de saúde psicológica grande para fazer os Jogos de 2016. Fui um dos atletas demitidos do São Caetano, mudei de clube, fiquei sozinho, treinei no Exército. Mas se as coisas acontecem na Olimpíada aí eu viro rei. É um desafio que eu não sei se tenho estômago para 2016. O que tiver que ser vai ser. Com ou sem medalha olímpica, eu volto para o buraco de novo”.

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