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Como era esperado desde meados da semana passada, o sérvio Novak Djokovic teve confirmado nesta segunda-feira (4) o seu retorno ao topo do ranking, confirmando sua forte ascensão no circuito desde junho. Ele desbancou o espanhol Rafael Nadal, que vinha liderando desde o fim de junho. O suíço Roger Federer ocupa o terceiro posto.
Djokovic obteve a pontuação necessária para superar Nadal na semana passada, durante o Masters 1000 de Paris. Ele iria fazer uma disputa direta com o espanhol pela ponta, mas Nadal acabou desistindo do torneio por motivos físicos. Então, apenas uma vitória na capital francesa já foi o suficiente para levar o sérvio de volta à posição de número 1.
Ele acabou indo além ao chegar à final. Era o favorito contra o jovem russo Karen Khachanov, mas acabou perdendo o título por 2 sets a 0, na final de domingo. O campeão, de apenas 22 anos, obteve boa subida ao passar do 18º para o 11º posto do ranking, sua melhor colocação da carreira.
Ao voltar ao topo, Djokovic confirmou um forte crescimento a partir da metade do ano. Em junho, chegou a figurar em 22º. Mas os títulos de Wimbledon e do US Open, os dois últimos Grand Slams da temporada, e também do Masters de Cincinnati fizeram o tenista dar grande salto na lista da ATP, o que culminou com a chegada à primeira posição.
Para retomar a colocação, o sérvio precisou superar diversos obstáculos nos últimos 18 meses. Ele encerrou a temporada passada de forma precoce, em julho, após competir em Wimbledon, em razão de dores no cotovelo direito. Apostou num tratamento mais conservador até o fim do ano. Mas acabou se submetendo a uma cirurgia no local em janeiro, após o Aberto da Austrália, onde foi discreto em sua primeira competição em seis meses.
Em seu processo de recuperação, voltou a trabalhar com o técnico Marian Vajda, com quem treinou durante a maior parte de sua vida. E os resultados voltaram a aparecer pouco a pouco. Superou Nadal em Wimbledon e Federer, na final em Cincinnati, ao se tornar o único tenista a vencer todos os torneios de nível Masters 1000.
Diante de tal reação no circuito, Djokovic já se tornou o favorito automático para o ATP Finals, que vai encerrar a temporada ao reunir os oito melhores da temporada em Londres, entre os dias 11 e 18. A liderança do ranking estará em jogo, na disputa com Nadal. Federer não tem chances de terminar o ano na ponta.
Ao reassumir a liderança, o que não fazia há dois anos, o tenista da Sérvia inicia agora a sua 224ª semana no topo. Ele segue como o quinto tenista com o maior número de semanas na primeira posição. Federer lidera com 310 e é seguido pelo norte-americano Pete Sampras (286), pelo checo Ivan Lendl (270) e pelo também americano Jimmy Connors (268). Nadal é o sexto, atrás de Djokovic, com 196.
Top 10
Outras duas mudanças movimentaram a lista dos dez melhores do ranking. O japonês Kei Nishikori, que vive situação semelhante a de Djokovic neste ano, ganhou duas posições e aparece agora na 9ª posição. O tenista asiático também enfrentou problemas físicos nos últimos meses e chegou a disputar dois torneios de nível Challenger para voltar ao circuito.
Com sua subida, o norte-americano John Isner caiu para o 10º posto. Isner agora está pressionado por Khachanov, que será o segundo reserva no ATP Finals. Ou seja, o russo ainda tem chances de terminar a temporada dentro do Top 10.
Entre os brasileiros, Thiago Monteiro segue como o número 1, no 112º posto, ao subir duas posições. Rogério Dutra Silva manteve o 147º posto. Já Guilherme Clezar perdeu quatro posições, para o 244º. Thomaz Bellucci ganhou seis colocações e figura agora em 247º.
Confira a lista dos 20 primeiros colocados do ranking:
1.º - Novak Djokovic (SER), 8.045 pontos
2.º - Rafael Nadal (ESP), 7.480
3.º - Roger Federer (SUI), 6.020
4.º - Juan Martín del Potro (ARG), 5.300
5.º - Alexander Zverev (ALE), 5.115
6.º - Kevin Anderson (AFS), 4.310
7.º - Marin Cilic (CRO), 4.050
8.º - Dominic Thiem (AUT), 3.895
9.º - Kei Nishikori (JAP), 3.390
10.º - John Isner (EUA), 3.155
11.º - Karen Khachanov (RUS), 2.835
12.º - Borna Coric (CRO), 2.480
13.º - Fabio Fognini (ITA), 2.315
14.º - Kyle Edmund (ING), 2.150
15.º - Stefanos Tsitsipas (GRE), 2.095
16.º - Daniil Medvedev (RUS), 1.977
17.º - Diego Schwartzman (ARG), 1.880
18.º - Milos Raonic (CAN), 1.855
19.º - Grigor Dimitrov (BUL), 1.835
20.º - Marco Cecchinato (ITA), 1.819
112.º - Thiago Monteiro (BRA), 517
147.º - Rogério Dutra Silva (BRA), 379
244.º - Guilherme Clezar (BRA), 221
247.º - Thomaz Bellucci (BRA), 219
344.º - João Menezes (BRA), 126