Presidente dos EUA discursou logo após o brasileiro na ONU
Donald Trump diz ter química com Lula em discurso na ONU (ONU/Cia Pak)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que pretende se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana. Ele teceu elogios ao chefe de Estado brasileiro chamando-o de “homem muito agradável”, com quem teve “uma química excelente” durante um breve encontro.
Trump foi o segundo a discursar na abertura da 80ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas logo depois de Lula, que foi o primeiro a falar.
Trump disse que as tarifas aplicadas contra o Brasil e outros países é uma questão de defesa da soberania e da segurança de seu país contra aqueles que “tiraram vantagens por décadas” durante os governos que o antecederam.
“Encontrei o líder do Brasil ao entrar aqui e falei com ele. Nos abraçamos. As pessoas não acreditaram nisso. Nós concordamos que devemos nos encontrar na próxima semana. Foram cerca de 20 segundos. Conversamos e concordamos em conversar na próxima semana”, disse o presidente norte-americano.
Trump acrescentou que Lula “parece ser um homem muito agradável”.
“Eu gosto dele e ele gosta de mim. E eu gosto de fazer negócios com pessoas que eu gosto. Quando eu não gosto de uma pessoa, eu não gosto. Mas tivemos, ali, esses 30 segundos. Foi uma coisa muito rápida, mas foi uma química excelente. Isso foi um bom sinal.”
Na avaliação do presidente norte-americano, o Brasil tarifou os EUA “de uma forma muito injusta”, o que levou seu país a aplicar, de volta, as tarifas de 50% contra alguns produtos brasileiros.
“Fiz isso porque, como presidente, eu defendo a soberania e os direitos dos cidadãos americanos”.
O Brasil, segundo Trump, estaria “indo mal” ao cobrar “tarifas imensas e injustas” dos produtos norte-americanos, além de interferir nos direitos e liberdade de cidadãos americanos e de outros países "com censura, repressão, e com o uso do sistema judicial como arma".
Na sequência, Trump acenou que o Brasil poderá “se dar bem” caso trabalhe de forma conjunta com os EUA. “Sem a gente, eles vão falhar como outros falharam”, acrescentou.
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