O dono da Localiza, Salim Mattar, de 68 anos, desistiu de se candidatar ao governo de Minas no ano que vem. Mattar encaminhou um comunicado a seus funcionários avisando que não mais entraria na disputa.
O nome do empresário ganhou força quando ele começou a conversar com o partido Novo, que busca lideranças fora da política para lançar nas eleições de 2018. O Novo defende a renovação na política com uma espécie de “apolíticos”, mesmo lema que levou o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) à vitória, em 2016, e também o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).
Mattar preenchia os requisitos, conforme o Novo. Apesar de não atuar na política, o empresário é próximo a políticos como o senador Aécio Neves (PSDB). A Localiza doou R$ 78.900 à primeira campanha de Aécio ao governo de Minas, em 2002.
No ano seguinte, após negociação com o setor, o então governador reduziu a alíquota do IPVA igualando-a à do Paraná. Mattar passou a emplacar os carros em Minas, gerando receita aos cofres estaduais.
Nas eleições de 2014, ele gravou um vídeo de apoio a Aécio: “Está na hora de mudança. Aécio está preparado para essa mudança. Aécio é a nossa única solução”, disse Mattar no vídeo.
BH também quer compensação pela Lei Kandir
Na esteira do governo de Minas Gerais, que quer um encontro de contas para zerar a dívida com a União, por meio da Lei Kandir, vereadores criaram uma comissão para morder uma fatia do bolo. Os parlamentares querem o pagamento de parte do que o governo federal deve como compensação por ter desonerado as exportações.
Deverão ser realizadas audiências públicas nos dias 4, 11 e 18 de agosto para discussão acerca do montante que a União deixou de repassar ao Estado de Minas Gerais e da parcela desses recursos que cabe ao Município de Belo Horizonte.
Feiras livres
Em audiência pública na Câmara Municipal, camelôs reclamaram da decisão do prefeito Alexandre Kalil de colocá-los em shoppings populares. O vereador Gabriel Azevedo (PHS) sugeriu colocar parte dos camelôs em feiras livres. A vereadora Áurea Carolina (Psol) defendeu a criação de feiras permanentes em espaços públicos.
Mas a secretária municipal de Serviços Urbanos, Maria Fernandes Caldas, deu o recado: “Não é possível cogitar a hipótese de criação de feiras, devido à impossibilidade de controle da situação; a experiência de Belo Horizonte e de qualquer outra cidade mostra que a atividade exercida pelos camelôs nas ruas, através de feiras livres, leva outras pessoas a abdicarem do mesmo direito e, em determinado momento, a situação vai estar fora de controle”.