Dono de loja no centro de BH é investigado por suspeita de assédio e estupro

Da Redação
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29/12/2020 às 17:57.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:25
 (Reprodução/Instagram )

(Reprodução/Instagram )

O dono de uma loja de roupas, localizada em um shopping no Centro de Belo Horizonte, está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais, por suspeita de estuprar e assediar clientes e funcionárias.

De acordo com a corporação, as denúncias estão sendo apuradas e as vítimas que registraram ocorrência já estão sendo ouvidas.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após uma estudante detalhar os abusos sofridos por uma amiga, através do Twitter. Depois disso, mais de 30 vítimas compartilharam relatos de assédios sofridos no interior da loja.

“Totalizei mais de 30 relatos sobre o mesmo cara. Nunca tinha visto nada parecido de perto. É assustador. Foi o que aconteceu com duas amigas. No caso delas, o homem forçou um ato de importunação sexual, além de outros relatos”, disse a estudante em uma publicação.

Nos relatos, as vítimas, que eram clientes, funcionárias e parceiras de divulgação do estabelecimento, narram histórias que aconteciam no provador e no estoque da loja. Em um deles, uma das garotas disse ter sido “obrigada a fazer sexo oral” depois que o suspeito a “beijou à força, segurando a cabeça dela pelo cabelo”.

Em nota, a Polícia Civil orientou que as vítimas procurem a delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, localizada na Avenida Barbacena, 288, no bairro Barro Preto, para que as providências cabíveis sejam adotadas o quanto antes. 

Defesa

Procurado, o shopping popular onde o lojjsta atua informou, em nota, que repudia qualquer forma de violência e abuso, principalmente contra as mulheres, e considera que “em pleno século XXI, é inadmissível que isto ainda ocorra em nossa sociedade”. O estabelecimento informou ainda que, desde o início das atividades da loja, no ano de 2017, “jamais havíamos recebido em nossa administração, por parte de clientes, funcionários ou de autoridade policial, qualquer denúncia ou informação sobre os fatos veiculados. Pela gravidade das denúncias, já enviamos notificação para a loja se manifestar, em 48 horas, em relação os fatos noticiados pela imprensa, sob pena de rescisão sumária de seu contrato de locação”.

O Hoje em Dia entrou em contato com a defesa do suspeito, mas foi informado que a primeira advogada do caso não representa mais o lojista. O novo defensor não foi localizado. A reportagem ligou para a loja citada em três números disponíveis, mas não obteve sucesso. O espaço permanece aberto à manifestação.

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