Dragster americana com tempero alemão arranca forte

Sérgio Melo / Especial para Auto Papo
07/02/2015 às 10:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:56
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Não é fácil ser definida. Com a traseira baixa e a dianteira inclinada das “dragsters”, pilotagem com braços esticados “à la seca-sovaco” das “customs”, pneu traseiro de esportiva e detalhes como seta nas hastes dos retrovisores, a V-Rod é uma receita única. Quanto ao prazer não há dúvidas: o exagerado motor 1.2, prestígio da marca e equilíbrio na estrada, garantem isso. Pilotamos essa máquina fascinante, que une o prestígio da marca norte-americana e a tecnologia alemã.

Descontração

Pés para frente, braços esticados e coluna relaxada induzem descontração. Em pouco tempo você se acostuma, inclina o troco para trás e solta o corpo. Não é tão confortável, mas basta firmar a mão, pendurar-se nos braços e acelerar à vontade.

Suspensão firme e ABS suave

A suspensão tem curso reduzido, reações firmes e vocação para o asfalto. Em vias mal pavimentadas cansa, mas a aderência nas curvas surpreende. O pneu traseiro com quase 25 centímetros de largura, “cola” no chão em qualquer inclinação. Freio com ABS eficiente, suave atuação sobre as rodas e pouca vibração.

Coração

Delicioso motor 1.2 bicilíndrico em “V” desenvolvido com a Porsche, manso quando andando “na boa”, mas malvado ao “enrolar o arame”. “Manda bem” na estrada com a generosa força de 11,9 quilos de torque. Os 122 cv permitem velocidade final superior a 200 km/h e arrancadas de 0 a 100 em 3,5 segundos, quando o pneu traseiro costuma deixar uma lista preta no asfalto.

Transmissão

Cinco marchas bem escalonadas, com engates suaves e precisos e, transmissão final por correia. Como há muita força em baixas rotações, as cinco marchas dão conta do recado, mas a existência de uma sexta aproveitaria melhor o motor.

Gigante

Comprida e pesada, é firme na estrada. Com 2,4 m de comprimento, 307 kg, suspensão dianteira aberta e baixo centro de gravidade, não se importa com ondulações e ventos laterais. Ao se inclinar, tende a virar o guidão mais que o necessário, mas um ligeiro pêndulo com o corpo que a curva sai redondinha. Com assento baixo, é fácil manter o equilíbrio parado.

Pouca conversa

Se os instrumentos fossem um pouco maiores, a leitura seria mais fácil. Informações disponíveis básicas, com hodômetro total, dois parciais, nível do combustível, autonomia e luzes-espia.

No bolso

Seus atributos fizeram dela uma campeã de vendas. Importada, custava o dobro da de hoje, montada em Manaus por R$ 58 mil. Não há modelos nacionais para comparação direta mas, forçando a “barra”, a Suzuki Boulevard M1500R, com 42 cavalos a menos, sai por R$ 49.900. Normalmente faz uns 21 km/l, mas se acelerar forte, cai para menos de 10. A motocicleta testada foi cedida pela Concessionária BH Harley Davidson, na Raja Gabaglia 4.500, Santa Lúcia, Belo Horizonte, fone (31) 2532-4400, onde está disponível para test drive.
 

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